26 nov, 2019 - 14:20 • Redação com Lusa
Atrasos constantes e a sobrelotação dos autocarros são as queixas mais recorrentes dos utilizadores da rede da Carris, na cidade de Lisboa, apesar da empresa afirmar que o investimento da câmara permitiu melhorar o serviço.
A implementação dos novos passes, em 2019, resultou num aumento de passageiros na ordem dos 7%, o que representa um acréscimo de mais de dois milhões de utilizadores.
A empresa assegura que introduziu novos autocarros para reforçar a frota existente, o que, segundo a secretária-geral da Carris, Ema Vieira, vai permitir elevar o nível de conforto e fiabilidade do serviço.
Contudo, os utentes afirmam que a medida, até agora, se tem mostrado insuficiente e que é manifesto que não existiu um aumento da oferta adequado à procura gerada pela criação dos novos passes.
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"Os autocarros vêm sempre atrasados, seja hora de ponta ou não. Não conseguiram acompanhar os novos passes basicamente. Já me aconteceu, várias vezes, os autocarros estarem tão cheios que apenas passaram pela minha paragem para dizer 'adeus'. Só para ter uma noção, até quando apanho o autocarro às 06:00 da manhã, eles chegam atrasados", disse Maria Lopes, utilizadora diária da rede.
A queixa de que os autocarros, que muitas vezes já chegam atrasados, estão de tal forma cheios que obrigam os passageiros a aguardar pela passagem do próximo é recorrente.
Contudo, em relação a esta questão, a Carris não fez qualquer comentário, informando apenas que vai continuar "fortemente empenhada em melhorar continuamente, a todos os níveis, dia após dia, o serviço que presta aos seus clientes".
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A Lusa fez, nas últimas semanas, algumas viagens em quatro autocarros da rede, em ambos os sentidos, sobretudo nas horas de ponta - entre as 08h00 e as 10h00 e das 17h00 às 19h00 - para ver a frequência dos autocarros e a sobrelotação ou não dos mesmos.
Apesar de, em alguns momentos, terem aparecido mais autocarros do que os previstos nos horários, na maior parte das situações os autocarros chegaram atrasados às paragens, sendo que os tempos de espera atingiram, por vezes, os 29 minutos. Também foi possível verificar, em algumas rotas, que a lotação do autocarro estava praticamente esgotada.