06 dez, 2019 - 15:50 • Lusa
O Governo vai investir 180 mil euros para recuperar infraestruturas danificadas no Tejo, depois da descida acentuada do nível da água na albufeira de Cedillo, em Espanha, disse esta sexta-feira à Lusa fonte do Ministério do Ambiente e Ação Climática.
De acordo com a informação oficial, as intervenções vão decorrer nos cais de Lentiscais e de Malpica do Tejo, no concelho de Castelo Branco, na encosta de Vila Velha de Ródão, também no distrito de Castelo Branco, e no cais do rio Sever, em Nisa (distrito de Portalegre).
Os contratos interadministrativos para as obras foram assinados esta sexta-feira, na cidade de Castelo Branco, sendo que o investimento é proveniente do orçamento da Agência Portuguesa do Ambiente, por recurso ao Fundo Ambiental.
No caso de Castelo Branco, a intervenção global de reparação dos cais tem um valor de 60 mil euros, enquanto em Vila Velha de Ródão o investimento é de 90 mil euros e tem o objetivo de promover a acessibilidade à barragem de Cedillo, com reparação do acesso existente e estabilização da encosta.
Em Nisa, a reparação do cais do rio Sever tem o valor de 30 mil euros.
A informação do Ministério do Ambiente e Ação Climática lembra que a descida de nível da albufeira de Cedillo foi justificada pelas autoridades espanholas pela necessidade de cumprir os caudais estabelecidos na Convenção de Albufeira para o ano 2018/2019, que terminava em 30 de setembro.
Segundo a tutela, a descarga, em si própria, não prejudicou as condições de escoamento, para jusante, no troço principal do Tejo em Portugal, apesar de ter prejudicado as condições ambientais para os ecossistemas aquáticos diretamente dependentes da presença da albufeira de Cedillo, bem como a atividade de pesca profissional e de ter inviabilizado a navegação comercial.
Segundo a informação, "a evolução do caudal do Tejo está a ser bastante favorável" e já "foi ultrapassado o período de emergência", sendo que "o Governo espanhol prometeu resolver o quase esvaziamento da barragem de Cedillo até 15 de dezembro".
"Os valores atuais evoluíram de forma bastante favorável e o nível de armazenamento no Tejo é inferior, em média, a 40%", acrescenta.