18 dez, 2019 - 19:41 • Redação
À saída do Tribunal de Instrução Criminal, em Lisboa, o advogado de Rui Pinto, Francisco Teixeira da Mota afirmou não ter dúvidas de que o arguido desempenhou uma função de “whistleblower” – em português, denunciante - e que a prisão preventiva está a ser utilizada para além daquilo para que está prevista.
Teixeira da Mota considerou “indiscutível” a contribuição do pirata informático para a “moralização do mundo do futebol”, acrescentando que “há inúmeros processos que resultam do ‘Football Leaks’. A acusação espanhola contra o senhor Nelio, Doyen e outros cúmplices refere expressamente o 'Football Leaks' como a origem da informação”.
Relativamente à medida de coação decretada, o advogado considera que é mantida “por um único crime que é da tentativa de extorsão” e por essa razão é “naturalmente contra a prisão preventiva”.
A fase instrutória do debate, em que se decide se o processo segue para julgamento e em que termos, começou esta quarta-feira, em Lisboa, e a defesa de Rui Pinto tem como estratégia diminuir o número de crimes de que o “hacker” está acusado, que, neste momento, são 147.
A decisão da instrução será conhecida a 13 de janeiro.