18 dez, 2019 - 09:00 • Lusa
O primeiro-ministro está no Iraque a visitar o contingente militar português integrado na coligação internacional com a missão de estabilizar este país, através da formação e treino das forças governamentais iraquianas no combate ao autodenominado Estado Islâmico.
António Costa chegou ao aeroporto internacional de Bagdade a meio da manhã no Iraque, vindo de Falcon da ilha grega de Samos e acompanhado por uma pequena comitiva na qual se integra o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho.
O primeiro-ministro permanecerá em território iraquiano cerca de seis horas, seguindo viagem ainda hoje ao fim da tarde para a Nova Deli, onde na quinta-feira se reunirá com o chefe de Governo da Índia, Narendra Modi, e discursará como "convidado de honra" nas comemorações do 150º aniversário de Mahatma Gandhi.
Em território iraquiano, antes de partir de helicóptero para a base militar de Besmayah - o campo onde se encontra o contingente português -, o líder do executivo português tem logo no aeroporto uma breve reunião com uma delegação iraquiana composta pelo vice-primeiro-ministro (Thamir Ghadhban), ministro da Defesa e chefe de Estado Maior. Um encontro que foi pedido com insistência por parte das autoridades deste país e que, segundo fonte diplomática, visa sobretudo "salvaguardar as preocupações dos iraquianos em termos de afirmação de soberania, num quadro político interno muito frágil".
Quando ao fim da manhã chegar ao campo de Besmayah, situado a cerca de 50 quilómetros de Bagdade, o primeiro-ministro assiste a uma breve cerimónia militar e às atividades de treino no interior da base, designadamente movimentos realizados em veículos terrestres.
A seguir, na cantina da base militar, haverá uma apresentação sobre as características e ponto da situação da missão por parte da "task force" da base, seguindo-se uma fotografia de família e o almoço de Natal com os militares portugueses. No fim do almoço, António Costa assina o livro de honra do 10º contingente nacional e assiste a uma videoconferência sobre os resultados e objetivos da missão.
Portugal participa na coligação desde maio de 2015, sendo a missão prorrogável até 2020. Desde 2015, já passaram pelo campo de Besmayah 190 militares portugueses, rendidos a cada seis meses.