29 dez, 2019 - 16:09 • José Carlos Silva
Há mais de cinco mil casos de agressões a profissionais de saúde reportados à Ordem desde 2007, mas esta pode ser apenas “a ponta do iceberg”.
As contas são de Dalila Veiga, do gabinete nacional de apoio aos médicos.
“Os números que existem desde 2007 até agora de todos os profissionais de saúde relatam mais de cinco mil ocorrências conhecidas. Os números estão muito aquém da realidade porque os médicos têm medo de denunciar, são agredidas e não há uma resposta eficaz”, disse à Renascença.
O caso da médica agredida no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, relança a questão da insegurança nos locais onde os médicos trabalham.
Dalila Veiga diz que não basta condenar, “é necessário que o Ministério da Saúde implemente medidas concretas e eficazes no terreno”.
A ideia é, “por um lado, salvaguardar a segurança dos profissionais, por outro lado, minimizar os fatores que possam condicionar o aparecimento deste tipo de situações.
Esta responsável do gabinete nacional de apoio aos médicos dá exemplos concretos: “haver uma reforma dos serviços de urgência que minimize os tempos de espera caóticos e haver uma reeducação da população para não haver uma utilização abusiva dos serviços de urgência”.