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Militares portugueses no Iraque cumprem missão com normalidade

03 jan, 2020 - 10:00 • Ana Rodrigues

Donald Trump ordenou um ataque em Bagdad que visou um general de elite iraniano. Teerão já prometeu vingança.

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O ministro da Defesa confirma que a missão portuguesa no Iraque está a cumprir com normalidade a sua missão, depois do ataque aéreo dos Estados Unidos em Bagdad, que fez oito mortos, incluindo o general iraniano Qassem Soleimani.

Também o Estado-Maior General das Forças Armadas, contactado pela Renascença, garante que os militares portugueses destacados no campo de treino de Besmayah, estão bem.

O 10.º contingente nacional da operação internacional "Resolução Inerente" - uma coligação internacional liderada pelos Estados Unidos contra o grupo terrorista Estado Islâmico - integra 30 efetivos, incluindo três mulheres, provenientes de várias unidades da Brigada de Intervenção.

Esta coligação, liderada, pelos Estados Unidos foi criada em 2014 e conta com cerca de 80 países membros e tem entre os seus objetivos "a capacitação das forças iraquianas", através do treino, do fornecimento de equipamento e aconselhamento.

Contactado pela Renascença, o diretor do Instituto de Segurança da União Europeia, Álvaro Vasconcelos, diz que caso o conflito entre o Irão e os Estados Unidos entre numa grande escalada as forças aliadas dos americanos no terreno terão de decidir como fazer. "Os iranianos sabem bem quem fez este assassinato, absolutamente contra o Direito Internacional. Poderia a prazo acontecer o conflito entre os americanos e os iranianos no Iraque, ganhar uma enorme dimensão e nessa altura as tropas não-americanas que estão no Iraque iriam repensar no que iriam fazer, se retirar ou alinhar com os americanos. Custam-me a crer que quisessem alinhar com os americanos numa guerra contra o Irão, no Iraque", diz.

Um ataque com drone, ordenado pelo presidente norte-americano, fez oito mortos, incluindo o general iraniano Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds.

O líder supremo do Irão prometeu vingar a morte do general iraniano e declarou três dias de luto nacional.

Segundo fontes oficiais da segurança iraquiana, pelo menos oito pessoas foram mortas no bombardeamento, três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana.

A embaixada norte-americana em Bagdad pediu aos seus cidadãos que deixem o Iraque "imediatamente", poucas horas após o assassínio do general iraniano Qassem Soleimani numa operação dos Estados Unidos.

[Atualizado às 14h51]

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