Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Movimento Zero anuncia protesto de polícias nos aeroportos para 21 de janeiro

05 jan, 2020 - 15:06 • Lusa

Os protestos em aeroportos tornaram-se mais comuns ao longo dos últimos anos e são vistos como forma de causar maior impacto por parte dos manifestantes.

A+ / A-

O Movimento Zero, que reúne elementos da PSP e da GNR, anunciou este domingo a realização de uma concentração em todos os aeroportos portugueses em 21 de janeiro, data em que está marcado um protesto nacional.

Num comunicado enviado à agência Lusa, o Movimento Zero (MO), um movimento social inorgânico criado em maio de 2019 por elementos da PSP e da GNR, apela a todos os polícias para que compareçam em 21 de janeiro nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e nos vários aeroportos dos Açores.

"Somos homens e mulheres da lei, exigimos respostas ao nosso caderno reivindicativo! Assim vamos mudar o paradigma da nossa luta e mostrar a forma vergonhosa como o terceiro país mais seguro do mundo trata as suas forças de segurança", referem os elementos daquele movimento criado nas redes sociais.

O anúncio do Movimento Zero surge após a decisão tomada na manifestação de 21 de novembro, em que os sindicatos da PSP e as associações profissionais da GNR decidiram realizar um novo protesto nacional em 21 de janeiro, caso o Governo, através do Ministério da Administração Interna, não solucionasse as reivindicações da classe.

Para decidir as ações de protesto a realizar no próximo dia 21, os noves sindicatos da PSP e associações da GNR organizam, na quinta-feira, um plenário na Voz do Operário, em Lisboa.

O Movimento Zero, bastante visível na manifestação de novembro, precisa também que a partir de 21 de janeiro os aeroportos portugueses vão ter elementos do movimento "por tempo indeterminado".

"Não vamos permitir nova humilhação em São Bento, com muros idênticos aos que cercam criminosos. Não vamos permitir um adiar de soluções, com usual desdém, seja por parte da tutela, seja por parte das altas hierarquias das instituições PSP e GNR", sublinha ainda o grupo.

Entre as reivindicações da classe policial e militar da GNR estão o pagamento do subsídio de risco, a atualização salarial e dos suplementos remuneratórios, o aumento do efetivo e mais e melhor equipamento de proteção pessoal.

O Ministério da Administração Interna definiu um calendário específico das matérias objeto de diálogo com os sindicatos e as associações socioprofissionais das forças de segurança, tendo o primeiro ponto das negociações, o pagamento dos retroativos dos suplementos não pagos em período de férias, decorrido sem um acordo.

Para a próxima quinta-feira está agendada uma nova reunião e em cima da mesa das negociações vai estar o plano plurianual de admissões para a PSP e a GNR.

Em 16 de janeiro de 2020 o tema de uma nova reunião será sobre os suplementos remuneratórios, em 13 de fevereiro estará em discussão a nova lei de programação das infraestruturas e equipamentos das forças e serviços de segurança, e em 05 de março será a segurança e saúde no trabalho.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Não confiem
    05 jan, 2020 No PS 16:22
    O PS não faz negociações, faz uma farsa negocial em que deixa correr o tempo sem romper as negociações mas sempre sem que haja acordo. Foi assim com os professores, com os enfermeiros, agora com os polícias e com quer que apresente reivindicações que prejudiquem os bons numeros a apresentar a Bruxelas, mesmo que sejam inteiramente justas. Lutem, e não confiem.

Destaques V+