15 jan, 2020 - 11:29 • Lusa
O ministro da Administração Interna anunciou no parlamento o recrutamento de cerca de 10 mil elementos para as forças e serviços de segurança até 2023 no âmbito do plano plurianual da admissão.
“É um Orçamento do Estado que prevê, pela primeira vez, a existência de um plano plurianual da admissão para as forças e serviços de segurança”, disse Eduardo Cabrita no âmbito da discussão na especialidade, na Assembleia da República, do Orçamento do Estado para 2020.
O ministro avançou que esse plano vai permitir “até 2023 recrutar aproximadamente 10 mil novos elementos para as forças e serviços de segurança”.
O governante precisou que estas admissões são feitas “em função das saídas previstas” e “das alterações do modelo operacional”, destacando que as polícias vão ter “programado atempadamente aquilo que são as necessidades de contratação”.
Eduardo Cabrita sublinhou que os sindicatos já foram ouvidos sobre as suas propostas para a construção desse plano de admissões.
A falta de efetivos na PSP e na GNR foi uma questão levantada pelos deputados dos partidos da oposição, com o PSD, CDS-PP, BE e PCP a pediram explicações ao ministro pormenores sobre o plano de admissões e quantos novos elementos vão entrar este ano.
Em resposta, o ministro não respondeu aos deputados e sustentou que se verificou "um processo gravíssimo de envelhecimento das forças de segurança" e uma "gravíssima afetação da capacidade de meios de mecanismos operacionais à disposição das forças de segurança".
Nesse sentido, o governante frisou que "foi necessário tomar medidas" e aprovar a lei de programação de infraestruturas e equipamentos das forças e serviços de segurança, que "está a produzir resultados".
Sobre as entradas, o governante destacou as admissões feitas nas forças e serviços de segurança em 2018 e 2019, nomeadamente 1.550 na GNR e 1.000 na PSP, além dos 100 novos inspetores para o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
O ministro avançou também no parlamento que está previsto no OE a existência de serviços partilhados para a PSP e GNR, explicando que esta medida não passa pelo "integração das duas forças policiais", mas sim "pôr em comum aquilo que não as distingue", como a contratação pública, reparação de veículos, aquisição de combustíveis e processamento de vencimentos.