25 jan, 2020 - 23:33 • Liliana Carona , com redação
Quatro centenas de pessoas concentraram-se este sábado, em Viseu, em defesa do alargamento das urgências do hospital local e da construção de um centro para o tratamento do cancro.
O protesto popular foi promovido pela Liga de Amigos e Voluntariado do Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Uma das reivindicações é a prometida construção de um centro oncológico.
O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, juntou-se ao coro de críticas por melhores e mais serviços de saúde, no Centro Hospitalar Tondela Viseu.
“Muitas vezes, esta ânsia de termos um Orçamento equilibrado penaliza, não Lisboa e Porto, mas as regiões do Interior porque, como são menos pessoas a reivindicar, a voz não é tão forte. Desvia-se o dinheiro para onde ele não deve ser desviado, tirando-o de outros lados. Na ferrovia, por exemplo, não se fará seguramente a modernização da Linha da Beira Alta para o Metro de Lisboa e do Porto e para a Linha de Cascais”, lamentou o autarca.
Farto de promessas, o presidente da Liga de Amigos e Voluntariado do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Fernando Bexiga, alerta para a necessidade cada vez mais premente da construção de um Centro Oncológico.
“Já vi o pré-projeto do Centro Oncológico, mas do pré-projeto ao projeto há muito a fazer. Mais uma vez, não há um cêntimo no Orçamento do Estado. Tinha sido prometido em 2018 e em 2019 estaria a primeira fase concluída, e a verdade é que o que continuamos hoje a ver é zero. É fundamental que haja dinheiro e projeto para se poder construir o Centro Oncológico, porque cada vez temos mais gente com problemas oncológicos e muito menos capacidade de os atender”, afirma Fernando Bexiga.