26 jan, 2020 - 09:15
O caso suspeito de coronavírus em Portugal afinal deu negativo, após análises no Instituto Ricardo Jorge.
O homem em causa estava internado no hospital Curry Cabral por ter sintomas que poderiam ser do coronavírus, uma nova estirpe que já matou mais de 50 pessoas e se espalhou para vários países do mundo. O paciente tinha viajado recentemente da China, onde tinha estado precisamente na cidade de Wuhan, o epicentro da infeção.
A informação está num comunicado da Direção-Geral de Saúde, deste domingo de manhã.
"A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que o primeiro caso suspeito de infeção por novo Coronavírus (2019-nCoV) em Portugal foi negativo após realização de análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com duas amostras biológicas negativas", lê-se no documento
A DGS informa ainda que está "atenta e a acompanhar a situação, em articulação permanente com instituições/organizações nacionais e internacionais para adoção de medidas a nível nacional e em consonância com as recomendações que forem sendo emitidas pela Organização Mundial da Saúde e pelo European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC)."
O número de mortos na China causado pelo novo coronovírus detetado em Wuhan, cidade de 11 milhões de habitantes e capital da província de Hubei, no centro do país, aumentou para 56, anunciou hoje a Comissão Nacional de Saúde chinesa.
O balanço de infetados na China passou para 1.975 pessoas, das quais 324 estão em estado grave.
Além da China continental, há quase meia centena de infeções confirmadas em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá.
O Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) admitiu que a possibilidade de transmissão secundária no espaço da União Europeia é baixa, "desde que sejam cumpridas as práticas de prevenção e controlo de infeção relacionadas com um eventual caso importado".
As autoridades chinesas alertaram que o país está no ponto "mais crítico" no que toca à prevenção e controlo do vírus, cancelaram as celebrações do Ano Lunar do Rato e colocaram em quarentena 13 cidades.
Os sintomas associados à infeção causada pelo coronavírus com o nome provisório de 2019-nCoV são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, como falta de ar.
Mais de uma dezena de portugueses em Whuan, na China, querem voltar a Portugal devido ao agravamento do surto de coronavírus, apurou a Renascença.
Depois do anúncio do Governo português, que admite vir a retirar os 20 cidadãos nacionais que estão naquela cidade isolada por causa do surto, a Renascença sabe que, pelo menos, 11 portugueses querem voltar.
Contactados pela embaixada, foi colocada a possibilidade destes cidadãos viajarem até Xangai e, depois, voltarem para Portugal. No entanto, o Governo chinês ainda não arranjou solução para o transporte.
Já fonte do gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas adianta à agência Lusa que Portugal está a cooperar com outros países europeus para reforçar o apoio aos cidadãos nacionais.