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Lisboa

Medina diz que suspender linha circular do metro é "decisão gravíssima"

05 fev, 2020 - 15:56 • Lusa

Presidente da Câmara de Lisboa apela à reversão da medida, sob pena de adiar "por muitos anos a expansão do Metro".

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O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, considera que a decisão do Parlamento de suspender a construção da linha circular do Metro da capital é "gravíssima" e vai adiar "durante muitos anos" a sua expansão.

"A decisão que foi tomada, que espero que seja revertida no parlamento, é uma decisão gravíssima para os interesse de todos aqueles que têm de utilizar os transportes públicos em Lisboa, os que vivem na cidade, os que vêm de fora para trabalhar. É uma decisão que, a concretizar-se, adiará por muitos anos a expansão do Metro na cidade de Lisboa", afirmou Fernando Medina, em declarações à agência Lusa.

O presidente da Câmara de Lisboa está em Paris para participar em ações de campanha de Anne Hidalgo, autarca e candidata às próximas eleições municipais na capital francesa.

A suspensão do projeto de construção da linha circular foi aprovada esta madrugada no Parlamento, durante a votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), na sequência de propostas do PCP e do PAN.

A proposta do PCP, que defende que seja dada prioridade à extensão da rede metropolitana até Loures, bem como para Alcântara e zona ocidental de Lisboa, foi aprovada com votos a favor do PSD, BE, PCP, CDS, PAN e Chega, a abstenção da Iniciativa Liberal e o voto contra do PS.

Já a do PAN obteve os votos favoráveis do PSD, BE, PCP e Chega, os votos contra do PS e da Iniciativa Liberal e a abstenção do CDS.

O PAN propõe que o Governo realize um estudo técnico e de viabilidade económica, que permita uma avaliação comparativa entre a extensão até Alcântara e a Linha Circular.

O executivo terá ainda de fazer, segundo a proposta, “os estudos técnicos e económicos necessários com vista à sua expansão prioritária para o concelho de Loures” e “uma avaliação global custo-benefício, abrangendo as várias soluções alternativas para a extensão da rede para a zona ocidental de Lisboa”.

O relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado, conhecida em dezembro, referia que as obras de expansão do Metropolitano de Lisboa, orçadas num total de 210 milhões de euros, iriam arrancar no segundo semestre deste ano, quando inicialmente estavam previstas para o primeiro semestre.

O projeto prevê a criação de um anel envolvente da zona central da cidade, com a abertura de duas novas estações: Estrela e Santos.

O objetivo é ligar o Rato ao Cais do Sodré, obtendo-se assim uma linha circular a partir do Campo Grande com as linhas Verde e Amarela, passando as restantes linhas a funcionar como radiais - linha Amarela de Odivelas a Telheiras, linha Azul (Reboleira - Santa Apolónia) e linha Vermelha (S. Sebastião - Aeroporto).

Comentários
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  • Cidadao
    05 fev, 2020 Lisboa 17:50
    O bom senso prevaleceu, e essa transformação dum transporte de primordial importância como o Metropolitano, numa espécie de "Disneylândia para turistas", está detida. Querem gastar dinheiro no Metropolitano, então prolonguem a linha até Loures e até Alcântara. Resulta em muito maior mobilidade, acaba com engarrafamentos no Túnel do Grilo e serve realmente a mobilidade e as populações. Medina já estragou que chegue em Lisboa. Esse estropício de "linha circular" só significava uma serie de transbordos que agora não são necessários e iam passar a ser, anos e anos de obras e constrangimentos de trânsito em plena Lisboa, fortunas a irem para os bolsos dos empreiteiros e construtoras do PS e quanto a benefícios para os cidadãos que usam o Metro, nada ou quase nada. Uma mera linha turística para turistas andarem a passear debaixo da terra. Nada mais. Pararam esse "crime" e foi mesmo a tempo.
  • Derrube de Medina
    05 fev, 2020 Já! 17:11
    Este tipo que com as suas obras de fachada, deu cabo da mobilidade que restava em Lisboa devia mas era estar calado e a rastejar para um buraco donde só devia sair no fim do mandato. Ainda bem que esse estropício da "linha circular" ou como alguém já disse, desse "carrossel para os Turistas" foi abaixo: 4 anos de obras em Lisboa, uma pequena fortuna gasta a ir para os bolsos dos empreiteiros do costume, benefícios de mobilidade quase nenhuns, uma data de novos transbordos para chegar ao mesmo sítio e as verdadeiras obras - a extensão do metro para Loures e Alcântara, esses sim, obras a realizar, iam ficar no tinteiro. Calem este tipo!
  • Martins
    05 fev, 2020 LX 16:49
    Gravíssimo seria avançar com este projecto absurdo… Ainda bem que a ideia está em suspenso.

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