17 fev, 2020 - 13:45 • Marta Grosso
Deram negativo as análises realizadas à criança que esteve na China e que foi internada no Hospital D. Estefânia bem como a uma pessoa que foi encaminhada para o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, por suspeitas de infeção pelo novo coronavírus (Covid-19).
A informação é avançada nesta segunda-feira à tarde pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em comunicado enviado à Renascença.
“A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que o 9.º e 10.º casos suspeitos de infeção por novo Coronavírus em Portugal (…) foram negativos após realização de análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com duas amostras biológicas negativas”, refere.
Numa nota anexa, a DGS dava conta de um 11.º caso suspeito em Portugal, mas esta informação foi corrigida pelas 15h40. Num outro comunicado, a DGS esclarece que “se concluiu que o caso [da ‘cidadã que foi encaminhada para o Centro Hospitalar Universitário de São João’], não configura um caso suspeito de infeção por novo coronavírus (COVID-19)”.
“Nesse sentido, não se procedeu à realização de análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA)”, acrescenta.
Até agora, todos as suspeitas detetadas em Portugal têm dado resultado negativo para o novo coronavírus.
Na Europa, o número de casos confirmados está em 44, segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC). O continente regista ainda uma vítima mortal, em França.
Na China continental, país berço do surto, já morreram 1.770 pessoas e foram infetadas 70.548.
Em Hong Kong também morreu uma pessoa, bem como nas Filipinas e no Japão.
Para tentar conter o vírus, desde logo a China começou a tomar diversas iniciativas, como isolar cidades, construir um hospital dedicado ao Covid-19 em 10 dias e, mais recentemente, desinfetar e até destruir dinheiro.
Os bancos chineses estão obrigados a, literalmente, lavar o dinheiro, desinfetando-o a altas temperaturas e com luzes ultravioleta. Estão depois obrigados a retirar de circulação essas notas e moedas no prazo de sete a 14 dias.
A medida foi anunciada pelo Banco do Povo da China.
[Notícia atualizada às 15h49 com informação corrigida da DGS]