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Coronavírus. Portugal vai ter mais laboratórios para análises

24 fev, 2020 - 10:40 • Marta Grosso com redação

Em declarações à Renascença, a diretora-geral da Saúde adianta que o historial do paciente também será escrutinado. “Donde vieram e com quem estiveram é muito importante”.

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Portugal vai ter mais laboratórios e hospitais capazes de receber casos suspeitos de coronavírus e fazer as devidas análises, anunciou nesta segunda-feira a diretora-geral da Saúde.

No último caso suspeito, “já foi o próprio laboratório do Hospital de São João que fez as análises, portanto, poupámos aqui o tempo de transporte das amostras para Lisboa, o que acelerou o conhecimento da situação do doente”, refere Graça Freitas à Renascença.

“Vamos fazer isso com outros hospitais, com uma distribuição geográfica equilibrada. Depois publicaremos a lista”, avança ainda.

O último caso suspeito internado em Portugal deu resultado negativo para o novo coronavírus. O “senhor tinha alguma sintomatologia e tinha estado nos últimos dias na região do Norte da Itália, em áreas afetadas”.

“Por motivos de precaução, foi internado no Hospital de São João, testado durante a noite e esta madrugada tivemos o resultado dos testes, que foram negativos”, conta a diretora-geral.

Itália é o país europeu com maior número de casos de infeção e mortes por coronavírus: 215 pessoas infetadas e quatro mortos.

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A DGS garante que está a acompanhar a situação. “Temos de estar preparados para que cheguem casos a diferentes países, oriundos de outros países e independentemente dos cidadãos que transportam esses vírus”, diz à Renascença.

“As pessoas hoje circulam muito e os vírus não têm, de facto, fronteiras”, mas as autoridades estão atentas. “Quer nós, quer a Europa – o Centro Europeu para Prevenção e Controlo de Doenças Infecciosas – vamos, durante o dia [desta segunda-feira], estar a analisar a informação que existe sobre a situação em Itália e noutros focos no mundo para ver o risco para os outros países”.

Entre as respostas possíveis está dar mais foco, não apenas aos sintomas, como ao historial das pessoas.

“Sintomas e história: donde vieram, com quem estiveram, se estiveram com casos doentes. Isso é muito importante. E detetar esses casos precocemente e proceder ao seu internamento, tanto para rastreio como para depois diagnóstico”, indica Graça Freitas.

Já sobre a possibilidade de haver mais portugueses no Japão que possam ter sintomas do novo coronavírus, a diretora-geral da Saúde garante, para já, apenas há conhecimento do caso já divulgado e confirmado pelas autoridades.

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