28 fev, 2020 - 19:15 • Celso Paiva Sol com Redação
A diretora-geral da Saúde disse esta sexta-feira estar informada da existência dos testes ao Covid-19 que estão a ser disponibilizados privados. E questionada sobre a credibilidade dos mesmos, Graça Freitas referiu que não vê qualquer problema na sua utilização.
Graça Freitas diz ainda que é natural que esse mercado esteja a funcionar, mas lembra que existe a obrigação legal de reportar qualquer caso positivo que seja detetado.
“As pessoas têm liberdade de irem onde entenderem. No sector público fazem-se análises com determinada metodologia. Como se fazem centenas de análises no sector privado e no sector social. Portanto, estas análises que estão a ser feitas noutros setores, cremos que são feitas por empresas e entidades que têm idoneidade para o fazer e que estarão a utilizar obviamente metodolofias laboratoriais de boas práticas. As coisas não entram clandestinamente no nosso país, há um controlo. Estas entidades são responsáveis, estão licenciadas e disseram à Direção-Geral da Saúde desde o primeiro dia que em que obtiveram os testes que sempre que tivessem – se tivessem – casos positivos, nos notificariam. E isso é uma obridação legal. Um caso positivo é obrigatório reportar”, explicou a diretora-geral da Saúde.
Sobre a capacidade que Portugal tem para enfrentar o problema, caso este novo coronavírus se torne uma epidemia entre nós, Graça Freitas garante que os meios existem e que serão acionados por fases, de acordo com as necessidades de cada momento.
Há nesta altura 10 hospitais aptos para receber doentes e dois deles foram acionados ontem pela primeira vez: o de Santo António, no Porto, e o Pediátrico de Coimbra – em ambos os casos para receber pessoas que esta semana chegaram de Milão.