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Escolas podem vir a fechar espaços comuns para travar coronavírus

04 mar, 2020 - 10:47 • Marta Grosso com redação

O presidente da Associação dos Diretores das Escolas Públicas esteve na Renascença para falar sobre o que está previsto nos planos de contingência que os estabelecimentos têm de entregar até dia 9.

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Para travar o Covid-19, as escolas podem, em último caso, fechar refeitórios, bares e salas polivalentes – ou seja, espaços comuns onde se concentram muitos alunos.

“No plano de contingência, temos de chegar a esse patamar. Eu recordo que, por exemplo, nos polivalentes há uma grande concentração de alunos”, afirma Filinto Lima.

Convidado nesta quarta-feira no programa As Três da Manhã, o presidente da Associação dos Diretores das Escolas Públicas sublinha que “nos planos de contingência temos de prever” todas as eventualidades, “até podermos fechar o bar da escola e alguns locais que pensemos que podem ser problemáticos para a transmissão do vírus”.

As escolas têm estado a trabalhar nestes planos e têm até segunda-feira para enviar uma cópia à Direção Geral da Administração e Emprego Público.

Questionado sobre a hipótese de haver aulas à distância, Filinto Lima admite que as escolas não estão preparadas para tal cenário.

“Acho um bocado complicado, embora pense que em Itália se está a passar. Mas para já não estamos nesse patamar”, refere, acrescentando que “não acha muito viável”.

Se um professor tiver de ficar de quarentena, “as aulas serão dadas por outro professor, de acordo também com o período que ele estiver em casa”.

“Normalmente, o Ministério da Educação só nos deixa substituir o professor que está em falta quando o atestado é de um mês. Não é o caso – o caso são de 15 dias, mas cada escola terá as suas alternativas”, destaca o responsável.

Em Portugal, existem nesta altura cinco casos confirmados e ativos de infeção pelo novo coronavírus. As autoridades reforçam as medidas para conter o possível alastramento da doença e o Governo já pediu planos de contingência a todos os empregadores.

Desde terça-feira que a Comissão Nacional da Proteção Civil passou a funcionar em permanência, o que fará com que a comunicação dos casos confirmados seja feita de forma mais constante.

Para já, não se coloca o cenário de declaração do estado de alerta, referiu o ministro da Administração Interna garantiu, mas é necessária uma rápida atualização dos planos de contingência, em função das recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A DGS criou um microsite com múltiplas informações sobre a doença, recomenda como principais medidas de prevenção a frequente lavagem de mãos. Em caso de possível contágio, a indicação é ligar para o SNS 24 (808 24 24 24) e evitar deslocações aos serviços de saúde.

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