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Operação Iceberg

Funcionários Públicos passavam informações a donos de restaurantes a troco de dinheiro

03 mar, 2020 - 23:17 • Lusa

PJ deteve cinco homens suspeitos de corrupção passiva. Há fortes indícios de crimes cometidos no exercício de funções públicas, designadamente, de corrupção passiva para ato ilícito.

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A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e no contexto da realização da operação «Iceberg», procedeu à detenção de cinco arguidos, todos do sexo masculino, que estão fortemente indiciados pela prática de crimes cometidos no exercício de funções públicas.

São suspeitos de corrupção passiva para ato ilícito, no âmbito de dois inquéritos dirigidos pelo DIAP Regional de Lisboa.

A operação, levada a cabo durante esta terça-feira, visou ainda a execução de sete mandados de busca domiciliária (6) e não domiciliária (1), e, segundo o comunicado do Ministério Público (MP) enviado às redações permitiu a recolha de vastos elementos probatórios relacionados com a prática criminosa sob investigação.

Em causa, explica o MP, está a suspeita de transmissão de informações privilegiadas a proprietários e trabalhadores de estabelecimentos comerciais, designadamente de restauração, que recebiam contrapartidas monetárias e outros tipos de gratificações.

A ação desenvolveu-se em Lisboa, Vila Franca de Xira, Amadora, Cacém e Fernão Ferro, contando com a participação de cerca de 40 inspetores e peritos da Polícia Judiciária.

Os cinco detidos serão, amanhã, presentes à autoridade judiciária titular do inquérito, no DIAP Regional de Lisboa, visando a promoção de realização de primeiro interrogatório judicial de arguidos detidos.

“A investigação, que se encontra em segredo de justiça, prossegue agora no sentido de apurar a dimensão cabal das situações de benefício ilícito e das respetivas contrapartidas desta prática criminosa e, bem assim, da existência de outros comparticipantes”, lê-se na nota do MP.

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