05 mar, 2020 - 15:28 • Agência Lusa
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A Ordem dos Médicos (OM) apelou esta quinta-feira às instituições de saúde para abolirem o registo biométrico, através de impressão digital, para controlo de assiduidade dos profissionais de saúde como medida de prevenção da infeção pelo novo coronavírus (Covid-19).
Numa nota enviada às redações, a OM recomenda “a todas as instituições de saúde do setor público, privado ou social que encontrem medidas alternativas ao registo biométrico que é utilizado para controlo de assiduidade e pontualidade dos médicos e outros funcionários das unidades de saúde”.
Esta medida foi contemplada no Plano de Contingência da Assembleia da República para os funcionários parlamentares e a Ordem dos Médicos considera que, “dadas as caraterísticas dos hospitais e centros de saúde é também essencial abolir-se o registo por reconhecimento de impressão digital nesses locais”.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, já provocou cerca de 3.300 mortos e infetou mais de 95 mil pessoas em 79 países, incluindo Portugal.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou nove casos de infeção, dos quais seis no Porto, um em Coimbra e dois em Lisboa.
Das pessoas infetadas a nível global, mais de 50 mil recuperaram.
Além de 3.012 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça e Espanha.
Um português tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.