05 mar, 2020 - 15:51 • Lusa
Um técnico de radiologia acusado de mais de 2.800 crimes de cariz sexual foi esta quinta-feira condenado a 21 anos de prisão efetiva por pornografia de menores agravada, abuso sexual de menores e recurso à prostituição de menores.
O arguido, hoje com 48 anos e em prisão preventiva, foi julgado à porta fechada no Tribunal Central Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça, mas a leitura do acórdão decorreu à porta aberta, como determina a lei.
A acusação do Ministério Público (MP) envolvia 2.772 crimes de pornografia de menores, 70 de recurso à prostituição de menores e 33 de abuso sexual de crianças.
Segundo a acusação, no verão de 2014, “por intermédio de uma amiga comum, que o apresentou como sendo uma pessoa que gostava de ajudar famílias carenciadas”, o arguido conheceu a mãe de duas crianças, à data com 6 e 15 anos.
O homem passou a frequentar a casa da mulher e aproximou-se dos filhos, com os quais praticou atos sexuais.
A acusação conta ainda que o arguido, também desde 2014, acedeu, difundiu e partilhou milhares de ficheiros de imagem e de vídeo com abusos sexuais de crianças através da 'darknet' (rede fechada a um grupo privado de pessoas), na qual criou e utilizou diversas identidades.