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Manifestantes pedem libertação de Rui Pinto nas galerias do parlamento

05 mar, 2020 - 17:01 • Susana Madureira Martins

Cinco pessoas vestidas com t-shirts brancas levantaram-se nas galerias da Sala das Sessões, na Assembleia da República, durante a sessão plenária desta quinta-feira e gritaram por alguns instantes "libertem Rui Pinto", levando à interrupção dos trabalhos durante breves segundos.

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Estava a discutir-se a petição que pede o cumprimento da lei que proíbe o abate de animais errantes, com a deputada comunista Alma Rivera a defender um dos projectos de lei que acompanham aquele texto, quando se percebeu um burburinho numa das galerias da Sala das Sessões, na Assembleia da República.

Os manifestantes começaram a gritar "libertem Rui Pinto". Vestiam t-shirts brancas com algumas letras garrafais e foi nessa altura que a presidente do parlamento em exercício, a socialista Edite Estrela, interrompeu a deputada do PCP, pedindo "desculpa por estar a interromper" e que "os senhores agentes da autoridade informem os presentes nas galerias que não se podem manifestar", reforçando com um "não se podem manifestar".

Um elemento da Polícia de Segurança Pública assim fez, conduzindo a meia dezena de pessoas para fora das galerias, continuando a ouvir-se em fundo os manifestantes a gritar "libertem Rui Pinto" e "libertem o homem".

Os trabalhos no plenário foram então retomados, com a deputada comunista Alma Rivera a continuar a intervenção e a apresentar o projecto de lei para a criação de um "Plano de emergência para a criação e modernização da rede de centros de recolha oficial de animais".

Em prisão preventiva desde 22 de março de 2019, Rui Pinto, de 30 anos, foi detido na Hungria em 16 de janeiro de 2019 e entregue às autoridades portuguesas, com base num mandado de detenção europeu, que apenas abrangia os acessos ilegais aos sistemas informáticos do Sporting e da empresa Doyen, mas que depois viria a ser alargado a pedido das autoridades portuguesas.

Em setembro de 2019, o Ministério Público (MP) acusou Rui Pinto de 147 crimes, 75 dos quais de acesso ilegítimo, 70 de violação de correspondência, sete deles agravados, um de sabotagem informática e um de tentativa de extorsão, por aceder aos sistemas informáticos do Sporting, da Doyen, da sociedade de advogados PLMJ, da Federação Portuguesa de Futebol e da Procuradoria-Geral da República, e posterior divulgação de dezenas de documentos confidenciais destas entidades.

Comentários
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  • Cidadao
    05 mar, 2020 Lisboa 17:46
    Peçam depressa a libertação do tipo antes que ele se convença que vai mesmo dentro, e comece a dizer quem lhe pagou para fazer o que fêz - só ingénuos ou tipos que se fazem passar por ingénuos, é que acreditam que ele violou segurança de servidores e deu as provas dos crimes a outros que fizeram programas de tv a divulgar essas msg devidamente alteradas, fora do contexto e truncadas, e fêz isso tudo tudo por altruísmo e amor à Verdade...

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