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Combate ao coronavírus. Laboratório Militar preparado para descontaminar grandes áreas

09 mar, 2020 - 12:07 • Ana Rodrigues

Forças Armadas têm também disponibilizadas mais de 40 camas em hospitais militares, para complementar as unidades de saúde públicas do Serviço Nacional de Saúde no âmbito do surto de Covid-19.

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O plano de contingência das Forças Armadas para fazer face ao surto de coronavírus não está concluído, uma vez que cada ramo terá o seu próprio plano, mas algumas medidas já foram tomadas. Ao que a Renascença apuroujunto do Ministério da Defesa Nacional, “as forças armadas estão preparadas com os meios necessários para intervir, com instalações para isolamento, pessoal com treino específico e material para a proteção individual de militares que possam vir a ser identificados como casos suspeitos de infeção com o Covid-2019”.

Os militares garantem ainda ter meio para apoiar a Direção-Geral da Saúde (DGS) e as autoridades nacionais numa emergência relacionada com o Covid-19

Segundo informação do gabinete do ministro da Defesa, caso venha a ser necessário, e se solicitado pelas autoridades de saúde, as Forças Armadas, podem “disponibilizar camas para internamento em enfermaria e em cuidados intensivos, nos "pólos de Lisboa e do Porto do Hospital das Forças Armadas”.

Segundo referiu à Renascença o diretor de Saúde Militar, “as Forças Armadas têm disponibilizadas mais de 40 camas em hospitais militares, para complementar as unidades de saúde públicas do Serviço Nacional de Saúde no âmbito do surto de coronavírus (Covid-19)”.

Segundo o brigadeiro-general João Jácome de Castro, as Forças Armadas podem “oferecer uma capacidade de internamento suplementar ao SNS, nomeadamente com áreas de ventilação assistida: 16 camas, em Lisboa, e 28 camas no Porto”.

Jácome de Castro acrescenta que está a ser estudada “a possibilidade de criação de áreas complementares de internamento em instalações de campanha e apoio no armazenamento, gestão e distribuição da reserva estratégica de medicamentos e dispositivos médicos assim como na área da produção do medicamento, pelo Laboratório Militar”, organismo que irá dar” apoio na descontaminação de grandes áreas”.

Medidas para os colaboradores do Ministério e restantes entidades civis da Defesa Nacional

As unidades militares e os serviços do Ministério da Defesa estão a tomar medidas preventivas como "a desinfeção diária dos locais e superfícies de elevado manuseamento, como maçanetas de portas, bem como a existência de material de desinfeção e de um local de isolamento devidamente equipado".

“Existem também procedimentos de atuação perante eventuais situações de trabalhadores suspeitos de contágio, sendo esta informação distribuída aos colaboradores através de comunicação interna", esclarece a Defesa.

Cada ramo irá apresentar o seu plano de contingência, mas segundo o gabinete do Ministro da Defesa, “as recomendações remetidas aos militares pela Direção de Saúde Militar, pelo Hospital das Forças Armadas e pelo Centro de Epidemiologia e Intervenção Preventiva estão em linha com as da Direção-Geral de Saúde”.

As indicações da DGS “têm sido difundidas junto dos militares das Forças Nacionais Destacadas (FND’s) e das Unidades Operacionais das Forças Armadas”.

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