12 mar, 2020 - 19:14 • Redação
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O Conselho de Escolas Médicas Portuguesas escreveu uma carta aberta ao primeiro-ministro em que apela a adoção imediata de “medidas restritivas” para conter o surto de coronavírus no país.
“A evidência científica que tem sido gerada nos países nos quais foram confirmados casos antes dos registados em Portugal favorece a adoção de medidas restritivas o mais precocemente possível”, refere a missiva dirigida a António Costa.
O Conselho de Escolas Médicas recorda os bons resultados de medidas restritivas aplicadas noutros países, como a China, e critica o Conselho Nacional de Saúde Pública por, na quarta-feira, se ter “limitado a remeter as decisões para as Autoridades de Saúde”.
A carta aberta chega mesmo a colocar em causa a “competência” do Conselho Nacional de Saúde Pública para lidar com uma pandemia como a do coronavírus.
“Assim, gostaríamos que V. Ex.ª implemente já e de forma efetiva as práticas restritivas que tão bons resultados deram em contextos adversos como os da China, Macau e Coreia do Sul, se necessário ouvindo – no mais curto espaço de tempo possível – peritos internacionais com experiência bem-sucedida na resposta a epidemias e, idealmente, a esta pandemia”, sublinha o Conselho de Escolas Médicas.
Em declarações à Renascença, Fausto Pinto, presidente do Conselho de Escolas Médicas, lembra o caso e as consequências nos países que se limitaram a ser reativos perante o coronavírus.
“Temos o exemplo de países que foram reativos. Somos contra isso, é um modelo antigo de saúde pública”, sublinha Fausto Pinto.