14 mar, 2020 - 17:55 • Olímpia Mairos
Apesar de o Governo ter anunciado este sábado que a GNR, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Direção-geral de Saúde estariam este fim-de-semana em ações conjuntas e pontuais de controlo da fronteira terrestre, não há qualquer operação a decorrer na fronteira de Vila Verde da Raia, em Chaves, como constatou a reportagem da Renascença.
Manuel Augusto, 40 anos, é camionista e encontra-se a descansar num largo, junto à antiga fronteira, já do lado português. Vem de França e garante que não encontrou qualquer posto de controlo ao longo do trajeto.
“Não encontrei nada. E aqui também passei e não vi ninguém”, diz o camionista da zona da Maia, preocupado “com um vírus que pode atingir a todos”.
Uma preocupação bem visível ao não querer falar para o microfone, apesar da distância estabelecida.
“Mais vale prevenir do que remediar e, por isso, todos os cuidados são poucos”, afirma, colocando um ponto final na conversa.
À Renascença, fonte da GNR explica que aquela força de segurança “está no terreno com ações de monitorização, com o objetivo de verificar se existem alterações aos padrões de circulação”, a fim de “perceber se é necessário tomar medidas”.
A mesma fonte adiantou ainda que a GNR “está a fazer diligências, para o caso de ser necessário, ter os recursos disponíveis”.
Em Feces de Abajo, um comerciante que não se quis identificar, refere que “nos últimos dias se verifica uma quebra de movimento nas entradas e saídas de Portugal” e que já “tem reflexos na economia da antiga fronteira”.
Exemplo bastante elucidativo é o posto de combustíveis, onde habitualmente se assiste a grandes filas de portugueses para abastecer, e que esta tarde estavam praticamente sem ninguém.