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Covid-19

Marta Temido. “Entrámos numa fase de aumento exponencial do número de casos"

14 mar, 2020 - 18:32 • Carlos Calaveiras

Em conferência de imprensa, a ministra da Saúde reforçou que o "isolamento é uma prática para ser levada a sério" e sublinhou que as próximas semanas serão "duras".

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A ministra da Saúde confirmou este sábado, que Portugal está "numa fase de aumento exponencial do número de casos".

"Temos neste momento 169 casos confirmados no nosso país, maioritariamente concentrados na administração central regional de saúde do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo. Aquilo que hoje queremos transmitir é que entrámos (...) numa fase de crescimento exponencial da epidemia, alinhada naquilo que estão a enfrentar neste momento outros países europeus", disse.

Na conferência, Marta Temido reafirmou que o "isolamento social é uma prática para ser levada a sério" e apela ao civismo de todos. "Se os comportamentos não mudarem, o SNS não vai aguentar".

"Estamos na curva ascendente [de casos], não sabemos quanto vai durar, mas depende de nós. Antecipamos que as próximas semanas serão duras".

Marta Temido afirmou que "daqui por alguns dias" será possível ter reflexos das medidas que estão a ser implementadas em termos de restrição do contacto social, sublinhando que "para isso é muito importante que todos colaborem nessas medidas".

A governante admite que "estamos a passar de uma fase de tratamento em hospitais de referência em que todos os casos são internados, ou maioritariamente, para uma fase que, com o aumento de número de casos, será passada para a fase de tratamento em casa, em ambulatório".

Igualmente ficou a saber-se que, na próxima semana, todos os hospitais vão passar a receber doentes com Covid-19 e mesmo os centros de saúde vão ser ativados.

O Ministério da Saúde está a compilar o número de ventiladores disponíveis e também a tentar saber quantos são os enfermeiros que podem fazer cuidados intensivos.

Temido garantiu também que haverá escolas abertas para filhos de profissionais de saúde e segurança e o reforço de máscaras para os profissionais de saúde ainda durante este fim de semana.

Já a diretora-geral da Saúde diz que é importante proteger, especialmente, "os profissionais de saúde e os idosos". "O recurso aos avós não é uma boa solução", disse Graça Freitas.

Em relação aos jovens tem de haver o mínimo de consideração porque "podem não morrer, mas podem levar à morte dos avós, dos tios".

"Quem estiver doente, não pode ir trabalhar", enfatiza Graça Freitas.

A velocidade da curva epidémica vai avançar depende de todos nós", reafirmou.

Já sobre a utilização de ventiladores, Graça Freitas assegurou que os critérios para a utilização de ventiladores em doentes com Covid-19 será sempre a gravidade da doença e nunca a idade.

"Que fique claro que nenhuma pessoa com Covid menos grave passará à frente de uma pessoa com maior gravidade. Não está a ser feita essa discriminação, nem seria ético nem deontológico que fosse feito", afirmou Graça Freitas.

O eventual encerramento de fronteiras está a ser avaliado e na segunda-feira há reunião europeia, lembra Marta Temido.

Portugal tem, para já, 169 casos confirmados, 10 delas em cuidados intensivos.

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  • Filipe
    14 mar, 2020 évora 23:06
    Porque querem que assim acontece , não aprenderam com a China , não ouviram dizer que maior parte dos Chineses recorreu a medicina antiga ... ora , este vírus prova-se que é sensível ao calor , portanto conclui-se ; ventilem os mais afetados com temperatura do ar dentro dos 28ºc e recorram por prevenção ao que os indígenas já utilizavam para o mesmo efeito , a "raiz de alce " , conhecida por Equinácea Púrpura em baixas doses para ativar o sistema imunitário e em altas doses para os infetados , eis a solução para destruir esse vírus , garanto que não resiste .
  • Humberto Gomes
    14 mar, 2020 AVEIRAS DE CIMA 20:47
    Na minha modesta opinião deixo aqui seis medidas de reflecção a ter em conta perante a situação que nos encontramos: 1ª - A situação é grave mas nada justifica entrarmos em pânico, este é inimigo do discernimento que muita falta nos faz em momentos difíceis e cruciais da vida, 2ª - Temos obrigação de acreditar nas nossas estruturas de saúde, por provas dadas e sobejamente comprovadas, 3ª - Seguir e respeitar escrupulosamente as medidas sanitárias emanadas pelas estruturas da saúde, 4ª- Respeitar e fazer respeitar as medidas de prevenção e contenção emanadas pelas autoridades de segurança e administrativas, 5ª - Não acreditar em boatos ou falsas noticias que só servem para descredibilizar as instituições de saúde e de segurança, 6ª - Ninguém têm o direito de contribuir com a sua falta de cidadania pôr em causa a saúde pública. Por fim deixo um apelo para que todos contribuam de forma honesta nesta ciclópea luta que as estruturas sanitárias estão a levar a cabo e para que a mesma seja debelada a breve prazo como se deseja.

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