22 mar, 2020 - 07:41 • Pedro Filipe Silva , com Lusa
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Os alarmes soaram na semana passada neste lar com 30 utentes, quando foi detetado o primeiro caso positivo numa funcionária. Agora, já há oito infetadas com Covid-19, como confirmou à Renascença a proprietária e gerente da Residência Pratinha.
“Uma funcionária foi na semana passada fazer o teste e acusou positivo. As autoridades de saúde mandaram o resto das funcionárias fazer o despiste, porque estavam a apresentar sintomas. Neste momento, estão oito em casa e as restantes dez ainda não sabem o resultado e têm de aguardar em casa, em quarentena”, disse Teresa Pedrosa.
Os utentes estão ao cuidado de três pessoas não qualificadas. “Estamos a assegurar os serviços mínimos - uma enfermeira, eu e a diretora técnica, que está grávida. Estamos a fazer o que podemos", sublinha.
Teresa Pedrosa confirmou que já entrou em contacto com a Segurança Social, a delegada de saúde e a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. Mas a Segurança Social terá dito que “como é um lar privado, o caso tem que ser tratado com a Saúde Pública”. “A delegada de saúde disse que temos que ficar as três com eles. O que é impossível”, afirmou.
“Queremos ajuda, que reintegrem os utentes ou nos arranjem pessoas para nos ajudar.”
O lar aguarda agora ajuda da Cruz Vermelha de Braga.
A responsável adianta ainda que para já ainda não foi possível realizar testes aos idosos. “Estavam a tentar deslocar uma equipa do INEM para vir ao lar fazer os testes aos utentes, mas não foi possível”.
Ao início da tarde a Câmara Municipal de Famalicão informou a Renascença de que está a par da situação, propondo-se a prestar a ajuda possível.
O mais velho dos utentes tem 94 anos e o mais novo 55, “mas tem HIV”. “São pessoas de alto risco”, alertou.
Em Portugal, há 12 mortes e 1.280 infeções confirmadas. O número de mortos duplicou hoje em relação a sexta-feira e registaram-se mais 260 casos no mesmo período.
[Notícia atualizada às 14h15]