24 mar, 2020 - 20:33 • Celso Paiva Sol com Redação
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A reposição de fronteiras terrestres com Espanha está em vigor desde o final do dia 16 de março e, uma semana depois, o balanço revela que a passagem só foi recusada a 1,2% das pessoas. Ao todo foram controladas 57.810, das quais apenas 717 não puderam cruzar a fronteira.
A medida está em vigor nos nove pontos de passagem definidos pelos governos dos dois países, os unicos por onde está autorizada a passagem terrestre.
O mais concorrido é o de Valença, no Minho, com quase 23 mil passagens numa semana, e um terço do total das recusas de entrada.
De acordo com os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a única detenção ocorreu no posto de fronteira de Vila Verde da Raia, em Chaves, e está relacionada com a falsificação de uma autorização de residência.
A resolução que repôs as fronteiras entre os dois países visa travar sobretudo as deslocações desnecessárias, principalmente em turismo ou lazer, mas admite um vasto conjunto de excepções. Desde logo o transporte internacional de mercadorias, mas também a circulação de trabalhadores transfronteiriços, veículos e pessoal de emergência e socorro, pessoal diplomático, das forças armadas e de segurança, e, a titulo excepcional, entradas para reuniões familiares até ao 1.º grau em linha reta. Podem também cruzar a fronteira todos quantos precisem de cuidados de saúde ao abrigo de protocolos bilaterais.
A medida está em vigor até 15 de abril e, para alem do SEF, envolve igualmente a GNR,que tem a seu cargo a fiscalização rodoviária na passagem por estes nove pontos de passagem.
A GNR envolve cerca de 500 militares na operação em curso, enquanto que o SEF reforçou com 30 inspectores o quadro de 43 que habitualmente tem destacados nos Centros de Cooperação Policial e Aduaneira.