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Testes realizados por laboratórios privados já ultrapassam 36 mil

02 abr, 2020 - 13:19 • Luís Aresta

A associação do setor atribui as dificuldades no agendamento de testes ao aumento da procura, provocado pela redefinição de orientações por parte da Direção Geral de Saúde.

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Os laboratórios privados já realizaram, desde o início da pandemia COVID-19, 35.877 testes ao novo coronavírus, segundo apurou a Renascença junto da Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANLC). A capacidade instalada, nesta fase, aponta para a realização 4.063 testes por dia.

A ANLC sublinha que, diariamente, e desde o início da crise, os laboratórios privados reportam à Direção Geral de Saúde (DGS) e ao Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) "não só a produção das 24 horas anteriores, como também, a capacidade de produção existente para as 24 / 48 horas seguintes", o que permite "racionalizar a utilização de acordo com as prioridades definidas" por aquelas entidades.

Neste contexto e sobre as dificuldades existentes na marcação de testes ao novo coronavirus, os laboratórios privados fazem notar que houve uma alteração nas linhas orientadoras da DGS sobre "quem deveria fazer os testes e em que circunstâncias" o que conduziu a "um enorme fluxo de solicitações, muito além da capacidade reportada" A ANLC esclarece que, por esse motivo, a "procura teve de ser gerida" o que "levou à suspensão pontual de agendamentos" nomeadamente pela prioridade dada "à realização dos testes em determinados contextos de emergência como os lares de idosos e os profissionais de saúde".

A ANLC observa que, no momento atual, a principal dificuldade que subsiste "é a aquisição de materiais para a realização dos testes em laboratório, uma vez que esses materiais têm de ser adquiridos nos mercados internacionais" onde a procura pelos diversos países afetados pela pandemia "é enorme". A capacidade de aquisição e acesso a mercados por parte dos laboratórios privados tem contribuído, por enquanto, para evitar roturas, assinala.

A ANLC contraria ainda a ideia de que a pandemia esteja a ser uma oportunidade de negócio para os laboratórios privados, sublinhando que toda a capacidade existente "é diariamente colocada ao serviço do País com sentido de dever público e não numa lógica comercial, tendo comprimido os seus custos até ao limite do possível.

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