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Coronavírus

António Costa assume que limite para regresso às aulas presenciais é 4 de maio

03 abr, 2020 - 10:16 • Eunice Lourenço (entrevista), Inês Braga Sampaio (texto)

O primeiro-ministro destaca o esforço "extraordinário" de todos no sentido de manter o decurso normal do ano letivo e assume que prefere não alterar regras de acesso ao ensino superior.

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António Costa. Estado de emergência "não é prisão domiciliária"
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O primeiro-ministro tem o dia 4 de maio marcado no calendário como a data limite para a retoma do ensino presencial, de forma a que a pandemia do novo coronavírus tenha o menor impacto possível no decurso do ano escolar.

Em entrevista à Renascença, esta sexta-feira, António Costa lembra que o Governo vai tomar uma decisão sobre a continuidade do ano escolar durante a próxima semana, de modo a "terminar este ano letivo da forma mais justa, equitativa e normalizada possível".

"A data limite para que o calendário escolar, designadamente do ensino secundário, possa ser cumprido com maior normalidade possível é o ensino presencial começar a 4 de maio. Esse é o limite para que possa tudo decorrer normalmente. Podemos ter ainda uma época de exames até ao final de julho, deixando a segunda fase para setembro, de forma a não perturbar o ciclo normal de agosto ser um momento de pausa no sistema educativo. Dia a dia, vamos vendo a evolução", refere.

Evitar alteração de regras e diminuir desigualdades


O decreto do Presidente da República da renovação do estado de emergência fala em ajustes no Ensino Superior. Contudo, António Costa prefere não ter de alterar regras:

"Este decreto cria um quadro geral para um conjunto de oportunidades. Temos de utilizar com extremo cuidado este estado de emergência. É a primeira vez que temos uma situação destas, desde que a Constituição entrou em vigor. Temos adotado máxima contenção com o mínimo de perturbação. Espero que não se tenha de alterar regras, mas sim ajustar calendários, recuperando na medida possível este tempo, que não foi tempo perdido. Houve enorme esforço nesse sentido."

O primeiro-ministro realça o esforço "extraordinário" de famílias, alunos professores e escolas, que ajudou "a dar um salto qualitativo imenso na transição para o futuro da sociedade digital".

António Costa assume, ainda, o desejo de reduzir as desigualdades sociais que têm saltado à vista com este sistema de ensino à distância com suporte digital, e avançou com uma solução: "Um dos cenários que temos de preparar é conseguir complementar o ensino digital através da televisão."

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