03 abr, 2020 - 16:35 • Lusa
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A Direção-Geral da Saúde (DGS) não altera as orientações sobre o uso generalizado de máscaras e reafirma que está alinhada com a Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda o seu uso apenas pelos infetados com Covid-19 ou que cuidam dos doentes.
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou esta sexta-feira que nenhuma medida isolada no combate à covid-19 “é milagrosa” e que o uso generalizado de máscaras será decidido em alinhamento com recomendações internacionais.
“Sabemos inequivocamente até à data que não há uma única medida que seja completamente eficaz. Ou seja, é apenas no conjunto de medidas que conseguimos aplanar a curva e baixar o número de casos em cada semana. Nenhuma medida isolada daquelas que possamos tomar é a medida milagrosa”, afirmou Graça Freitas, na conferência de imprensa diária para atualização de informação sobre a pandemia de covid-19 em Portugal.
Porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS) al(...)
Confrontada com criticas do presidente do Conselho de Escolas Médicas Portuguesas sobre a falta de diretivas para a utilização generalizada de máscaras de proteção, que alega que o argumento da DGS de as máscaras não serem eficazes é falso e que é uma desculpa porque não há suficientes, a diretora-geral da Saúde sublinhou que Portugal segue as recomendações da Organização Mundial de Saúde e do Centro Europeu de Controlo de Doenças.
“Portugal está alinhado com as recomendações da OMS, do Centro Europeu de Controlo de Doenças e com a literatura médica e eu sempre disse que se houver evidências (provas) científicas novas, faríamos de acordo com as mesmas”, afirmou.
Contudo, ressalvou, “nenhuma medida isolada é a medida milagrosa. Usar uma máscara, se vier a ser recomendado internacionalmente, nós obviamente seguiremos, mas não nos vai impedir do distanciamento social”.
Portugal regista hoje 246 mortes associadas à covid-19, mais 37 do que na quinta-feira, e 9.886 infetados (mais 852), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.
De acordo com os dados da DGS, há 9.886 casos confirmados, mais 852, um aumento de 9,4% face a quinta-feira.