05 abr, 2020 - 19:35 • Hugo Monteiro
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Os estudos ainda estão a ser feitos e podem ser demorados, no entanto, o ideal seria começar a analisar a imunidade dos portugueses ao novo coronavírus no período de um a dois meses. A convicção é do especialista em Imunoalergologia Carlos Neto Braga.
Em entrevista à Renascença, este médico do Hospital da Luz de Setúbal explica que, no que respeita à resposta imunitária, “a evolução é de 4 a 6 semanas”, os testes à imunidade deviam ser feitos daqui a “um mês ou dois”. Seria esse “o cenário ideal”.
Este especialista em Imunoalergologia explica que as análises à imunidade são fundamentais para perceber quem poderá regressar, de forma gradual, à sua vida normal.
Carlos Neto Braga defende, por isso, que, “numa primeira fase, fossem testados os que foram infetados, para perceber se podem regressar à vida normal”. Depois “seria importante estender os testes a toda a população, para perceber quem está imune e quem não está, para decidir quem terá de cumprir ainda algumas medidas de isolamento, até haver uma vacina”.
Neto Braga sublinha que os testes são semelhantes a outros que já existem para outros vírus. Lembra, ainda, que há um fator sempre a ter em conta: a possibilidade de o vírus sofrer mutações. Um dado que é fundamental para a criação de uma vacina.