06 abr, 2020 - 09:15 • Anabela Góis (entrevista), Sílvio Vieira (texto)
Eduardo Cabrita revela nesta segunda-feira, em entrevista à Renascença, que foi destacado um efetivo de 35 mil agentes para a operação de segurança da Páscoa. O decreto de renovação do estado de emergência prevê um período em que a circulação em Portugal vai estar limitada, entre as 00h00 da Quinta-feira Santa, a 9 de abril, e as 24h00 de segunda-feira, dia 13, de forma a condicionar ao máximo deslocações durante o período pascal. O objetivo é evitar o risco de contágio da Covid-19.
Num total de 45 mil agentes, 35 mil, anuncia o ministro da Administração Interna, "estarão na rua, nestes dias, entre PSP, GNR e SEF". "Vão funcionar em regras de espelho, com alteração do sistema de turnos, de modo a tentar garantir o mmínimo de contacto e o máximo de operacionalidade", detalha Eduardo Cabrita.
Convidado do programa "As Três da Manhã", o ministro deixou uma "palavra de respeito e dedicação às mulheres e homens que estão na linha da frente para o respeito da regras" e destaca o exemplo dos agentes que, em Ovar, optaram, desde que foi instalada a cerca sanitária, "pelo isolamento no concelho, trabalhando para a segurança do munícipio".
Eduardo Cabrita garante que o número de casos postivos de Covid-19 identificados em agentes da PSP não coloca em causa a operacionalidade das forças de segurança.
"Há 100 agentes infetados, entre efetivos da PSP e da GNR. Temos um sistema de prioridade em testes que permite rapidamente despistar os contactos desses agentes. Tal determinava a colocação em inoperacionalidade de 630 militares e agentes", observa na entrevista à Renascença.
Este número, assegura, "não está a criar dificuldades operacionais". "Temos cerca de 45 mil efetivos e tem havido entreajuda entre as forças. Quando é necessário, GNR e PSP ajudam-se mutuamente", assinala.