07 abr, 2020 - 12:24 • Luís Aresta
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O INFARMED classifica de absurdas as acusações de que Portugal é um dos países açambarcadores de medicamentos em plena pandemia Covid-19.
"Durante todo este processo, Portugal tem adotado uma postura de total transparência e disponibilidade para articular com todos os parceiros europeus da área do medicamento. Neste sentido, falar em açambarcamento é um total absurdo" sublinha em comunicado a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, numa reação à denúncia da Affordable Medicines Europe (AME), que coloca Portugal entre os países que estão a armazenar medicamentos em excesso.
Pandemia
Organização que representa indústria de genéricos (...)
O INFARMED esclarece que na preparação para a pandemia da Covid-19 foi definida, pelas entidades do Ministério da Saúde, uma lista de medicamentos, equipamentos de proteção individual e dispositivos médicos para os quais os hospitais deviam reforçar o 'stock' em 20% do respetivo consumo anual, de modo a estarem preparados para uma utilização elevada dos serviços de saúde, em particular dos cuidados intensivos".
De acordo com aquele organismo, "este reforço permitia também assegurar que face a eventuais constrangimentos na cadeia de distribuição, os serviços de saúde portugueses estariam preparados para prestar os cuidados de saúde necessários" e que "as necessidades estimadas e adquiridas estão em linha com as identificadas como necessárias ao funcionamento dos serviços de saúde, face à situação pandémica".
No mesmo comunicado, o INFARMED sublinha que "em articulação, com a Agência Europeia de Medicamentos e com a rede de Autoridades do Medicamento dos outros Estados Membros, está a monitorizar a disponibilidade de medicamentos (stock da indústria) no sentido de evitar faltas, nomeadamente dos medicamentos essenciais e dos que são apontados como tendo algum potencial terapêutico no combate à COVID-19"
Todas as ações têm "contado com o total apoio e sintonia de todos os setores do circuito do Medicamento, desde a indústria farmacêutica às farmácias", é sublinhado nesta resposta da autoridade nacional do medicamento e produtos de saúde , que garante estar "a monitorizar em permanência, a utilização e o abastecimento de medicamentos em meio hospitalar e em meio ambulatório, bem como os stocks dos medicamentos que fazem parte da Reserva Estratégica Nacional, em todas as entidades do circuito do medicamento, de modo a garantir que as terapêuticas estão disponíveis para prestar os cuidados de saúde necessários a quem deles necessite".