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Sindicato defende uso generalizado de máscara

12 abr, 2020 - 22:41 • Lusa

SIM deixou a sua posição em comunicado revelado este domingo.

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O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) apoia "o uso, por toda a população, de máscaras de proteção individual nos espaços públicos" para proteção face à pandemia de Covid-19.

“O uso de uma máscara cirúrgica, bem colocada e manuseada, protege aqueles que nos rodeiam. E se todos o fizermos sempre que circulamos em público, todos estaremos mais protegidos. O uso de máscara não dispensará, contudo, o distanciamento social, a etiqueta respiratória ou a lavagem frequente das mãos”, pode ler-se no comunicado daquele sindicato.

A defesa deste uso surge enquadrada no movimento “Máscara Para Todos”, cuja comissão científica inclui o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, bem como o reitor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Fausto Pinto, além de Filipe Froes, Miguel Moura Guedes, Paulo Neves e Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública.

A 7 de abril, Miguel Guimarães já se tinha mostrado favorável à utilização de máscaras de proteção pela população.

“A utilização de máscara serve para evitar que eu passe a infeção a outra pessoa”, disse Miguel Guimarães, recomendando a utilização deste equipamento de proteção individual para “toda a gente que frequente locais públicos”, incluindo nos hospitais, centros de saúde e superfícies comercias, como, por exemplo, supermercados.

A medida também acolhe parecer positivo da vice-presidente da Ordem dos Psicólogos, Isabel Trindade, que explicou que esta utilização “faz todo o sentido”, mas não se pode “dizer à população para utilizar máscaras se a população não tem acesso” a estes equipamentos.

O SIM cita ainda um relatório de 08 de abril do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla inglesa), que admite o uso generalizado de máscaras pela população em locais fechados e com muita gente, apenas como complementar à etiqueta respiratória e distância de segurança.

Com o uso das máscaras há o risco de uma falsa sensação de segurança, sustenta o relatório, porque pode levar as pessoas a distraírem-se, por exemplo, da distância física, alertando também que é importante saber remover a máscara e que a remoção de forma errada pode aumentar o risco.

Aconselha a que qualquer recomendação sobre o uso de máscaras faciais na comunidade “leve em consideração a falta de evidência, a oferta deste material e os possíveis efeitos colaterais negativos”.

Os peritos do ECDC defendem também que o uso de máscaras médicas pelos profissionais de saúde deve ter prioridade sobre o uso na comunidade.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 103 mil mortos e infetou mais de 1,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, mais de 341 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 504 mortos, mais 34 do que no sábado (+7,2%), e 16.585 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 598 (+3,7%).

Dos infetados, 1.177 estão internados, 228 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 277 doentes que já recuperaram.

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  • Filipe
    12 abr, 2020 évora 23:46
    O uso da máscara não vai resolver nada , vai sim dar uma sensação de confiança falsa . Quem está infetado sem sintomas , infeta a máscara com a respiração , por sua vez toca na máscara com os dedos e onde tocam os dedos infetam as superfícies onde outras pessoas não infetadas ou sem sintomas com máscara vão tocar . Por sua vez , estas últimas tocam com os dedos infetados na sua máscara e infetam-se . É uma espécie de roda livre de auto infeção .

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