13 abr, 2020 - 20:08 • Carlos Calaveiras
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O ministro da Administração Interna (MAI) confirmou esta segunda-feira que “a Comissão Europeia vai divulgar as linhas de orientação de uma estratégia para o retorno de algumas atividades económicas”.
Eduardo Cabrita deixou esta novidade após nova reunião do gabinete que analisa a evolução do estado de emergência.
“O Governo está em sintonia com o Presidente da República e concorda que o estado de emergência deverá ser prolongado por mais um período até ao início do mês de maio”, disse.
Neste sentido, será importante também a opinião dos epidemiologistas e outros especialistas para se tentar perceber quando poderá começar a ser aliviado o confinamento. A reunião vai decorrer ainda esta semana.
“Qualquer gradual retorno de atividades exige que se tenha respeito pelo distanciamento social e pela proteção dos mais vulneráveis”, acrescentou Eduardo Cabrita.
O ministro confirmou que, pelo menos, até 15 de maio vão manter-se os controlos de fronteiras com Espanha.
Na conferência de imprensa, o governante confirmou que, durante este segundo período, já foram detidas 126 pessoas (28 por violação do dever de confinamento, 59 pelo dever geral de recolhimento, 8 por tentativa de violação das regras de passagem entre concelhos, 11 por manutenção de estabelecimentos, 7 por resistência às autoridades e 11 casos por violação da cerca sanitária de Ovar).
Apesar disto, Cabrita deixa um “reconhecimento aos portugueses pelo inexcedível civismo” dos últimos dias.
O ministro acrescenta que “as forças de segurança reportaram níveis baixíssimos de circulação de cidadãos”.
Eduardo Cabrita reforçou que a prioridade continua a ser o acompanhamento de cidadãos em lares e, nesse sentido, confirma que já foram desinfetados 30 lares e há dezenas de equipas prontas a continuar a fazê-lo.
Por outro lado, o MAI refere que cerca de quatro mil portugueses já foram repatriados e estão de regresso ao país.
Cabrita aproveitou para deixar uma palavra de “particular agradecimento” aos agentes da PSP e militares da GNR que continuam a trabalhar e lembrou que há 163 infetados com covid-19.
Outra palavra foi também deixada pelo ministro à Igreja Católica pela forma correta como passou o período da Páscoa.
No balanço do período da Páscoa, o ministro confirmou que terá havido três casos (um em Barcelos e dois em lares) de iniciativas particulares em que terá sido violada a lei. Os responsáveis estão “identificados e as pessoas serão alvo dos procedimentos legais”, confirma Eduardo Cabrita.