13 abr, 2020 - 16:35 • Olímpia Mairos
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A Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros vai isentar as famílias com maiores dificuldades financeiras e as empresas em nome individual ou coletivo com sede no concelho, do pagamento da água durante os meses de abril, maio e junho.
“É uma ajuda que a autarquia procura dar aos macedenses para minimizar os efeitos económicos do surto pandémico da Covid-19 e da adoção do Estado de Emergência”, diz o presidente da Câmara Municipal, Benjamim Rodrigues.
O autarca admite que “o surto de coronavírus vai ter impactos significativos no rendimento dos macedenses e, em alguns casos, pode mesmo criar dificuldades às famílias na hora de cumprirem com as suas obrigações financeiras”.
“A isenção total do pagamento do serviço de abastecimento de água, tratamento de águas residuais e resíduos sólidos e respetivas taxas” aplica-se a todos os munícipes com um rendimento per capita igual ou inferior a 219,41 euros (50% do Indexante de Apoios Sociais).
As famílias que residem em habitações sociais também ficam isentas do pagamento da renda entre abril e junho.
De acordo com Benjamim Rodrigues “são medidas que representam um esforço adicional da câmara face a este surto tão demolidor e que procuram ir ao encontro das necessidades dos munícipes”.
“É claro que são medidas com impacto nas contas da autarquia e que atrasam a recuperação financeira que estava a ser conseguida nos últimos dois anos”, salienta o autarca, considerando que “num período excecional temos de adotar medidas excecionais para ajudar os nossos conterrâneos”.
O presidente da autarquia de Macedo de Cavaleiros adianta que o município quer criar condições para que os comerciantes, “em especial os da área da restauração, consigam recuperar das perdas registadas durante este período em que têm de estar de portas fechadas”.
Neste contexto foi aprovado um despacho municipal que prevê a isenção de pagamento da ocupação dos espaços públicos, vulgo esplanadas, durante os meses de verão.
Isentos do pagamento das respetivas taxas de utilização e ocupação ficam os arrendatários de lojas no mercado municipal.
“Perante um cenário de crise sanitária sem precedentes, esta medida será mais uma forma de ajudar todos os que residem no nosso concelho ou nele desenvolvem as suas atividades económicas”, sustenta Benjamim Rodrigues.
Apesar de as finanças da autarquia não serem “tão saudáveis quanto o desejado pelo executivo municipal”, o autarca acredita que as isenções terão efeitos positivos.
“Acreditamos que, com estas medidas, será possível ajudar os nossos munícipes a terem, no final do mês, mais algum dinheiro disponível para ultrapassar da melhor forma possível um momento particularmente difícil da nossa vida”, realça Benjamim Rodrigues.