14 abr, 2020 - 12:10 • Luís Aresta
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Apesar da redução proposta nas mensalidades - que nalguns casos chega atingir os 50% - muitos pais de crianças em idade pré-escolar estão a optar por anular as inscrições ou simplesmente deixar de pagar.
Ao Padre Lino Maia têm chegado relatos, segundo os quais há encarregados de educação que "estão a retirar os filhos ou a anunciar que os retiram, para depois regressarem como se nada tivesse acontecido". O presidente da União das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UIPSS) pede a estes pais que, também da parte deles, "haja solidariedade, porque as instituições continuam com custos fixos, nomeadamente com trabalhadores e têm esses lugares reservados".
Às creches e jardins de infância, foram dadas indicações no sentido de que "é justo e compreensível que haja um desconto nas comparticipações", mas, sublinha Lino Maia, "é importante que as famílias, neste tempo de paragem, continuem a comparticipar".
O padre Lino Mais alerta, ainda, que é urgente o reforço do apoio financeiro do estados aos lares de idosos. O alerta é lançado pelo presidente da União das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UIPSS).
À Renascença, faz notar que os lares estão em atividade plena e com custos acrescidos nesta fase, o que torna insuficientes as dotações anteriormente previstas pelo governo.
"Foi anunciada uma atualização global de 3,5% para todas as instituições e valências, mas essa atualização não corresponde ao impacto do salário mínimo - que aumentou 5,83% - e à evolução dos custosParticularmente nas valências de idosos os custos têm aumentado muito. É importante que o estado comparticipe, até porque quando foi assinado o pacto de cooperação para a solidariedade o objetivo era que não houvesse uma comparticipação pública inferior a 50% e ela neste momento está entre 38 a 40%, bastante abaixo" do que é necessário para as instituições, faz notar o presidente da UPISS.
O padre Lino Maia lembra que os lares de idosos "estão com atividade permanente e com mais custos" pelo que é importante que o estado olhe para essas instituiçõesm que "estão com imensas dificuldades".