14 abr, 2020 - 14:50 • João Carlos Malta
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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, fez, na conferência de imprensa desta terça-feira, um forte apelo a todos os portugueses sobre a importância de continuar a vacinação do Plano Nacional de Vacinação. Esta recomendação foi dirigida sobretudo aos bebés, mas também às grávidas, mas a responsável da DGS alargou-o a todos os que têm as vacinas em atraso.
Freitas referiu que esta é a forma de controlar e eliminar várias doenças infecciosas. "Já temos uma epidemia. A última coisa que queremos é outro surto de uma doença infecciosa", enfatizou a directora-geral da Saúde.
Em relação aos menores, nos primeiros 12 meses de vida, Graça Freitas disse que ter as vacinas em dia "confere precocemente protecção contra 11 doenças. E depois disso, há um novo conjunto que os protege da meningite e uma vacina "muito importante" contra o sarampo, a papeira e a rubéola.
Graça Freitas destacou o sarampo, lembrando os surtos na Europa, uma doença que catalogou de "traiçoeira". "Nenhuma criança e nenhum adulto com a vacina do sarampo em atraso deve continuar a tê-la em atraso", reforçou.
Em relação às mulheres grávidas apelou a que estas não deixem de tomar a vacina da tosse convulsa, entre as 28 e 32 semanas de gestação, algo que considerou fundamental para que a saúde do bebé e da mãe.
A mesma responsável reforçou ainda que este apelo é fundamental ser seguido, mesmo numa época em que o país combate a Covid1-9. Por isso, aqueles que têm as vacinas em falta, devem ligar para os locais em que elas podem ser ministradas e "marcar a vacinação". E ainda disse, que mesmo que isso não seja possível, os cidadãos não devem desistir.
"Se não for possível, devem ir presencialmente. Não adie a vacinação, porque senão vacinarmos, podemos ter outro tipo de surtos além da Covid-19", explicou.
A maioria das mortes ocorreu em crianças menores d(...)
Em relação ao uso da máscara comunitária, a que a ministra da Saúde, Marta Temido, apelou por parte de toda a população quando terminar o período de confinamento, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales informou, hoje, que o Infarmed publicou as especificações técnicas para a produção destas máscaras.
O mesmo acrescentou ainda que mais de 200 empresas já mostraram vontade de produzir. "Algumas começam a produção já esta semana", referiu.
Rui Ivo, presidente do Infarmed, na mesma ocasião, disse "vai ser possível termos algumas máscaras reutilizáveis".
Ivo disse que as fábricas que forem produzir estas máscaras vão ficar responsáveis por disponibilizar também ao consumidor as normas de utilização das mesmas. Estas, acrescentou, poderão ser feitas de algodão e polyester.
No entanto, o alargar a recomendação do uso de máscara à população em geral, não substitui todos os outros cuidados que estavam a ser seguidos até agora.
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