15 abr, 2020 - 08:21 • Lusa
A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) alertou, esta quarta-feira, para a existência de embalagens falsificadas de cloroquina, medicamento validado para a malária que tem sido usado para tratar doentes de Covid-19, e pede que quem o detete informe as autoridades.
Numa nota publicada no seu site, o Infarmed informa que o Working Group of Enforcement Officers, que reúne responsáveis das agências internacionais de regulação de medicamentos, divulgou um alerta referente ao produto Chloroquine phosphate, 250 mg, que como local de fabrico tem inscrito “Belgique – Bruxel”.
O Infarmed diz que o fabricante mencionado – Brown & Burk Pharmaceuticals Limited – não está autorizado pelas autoridades europeias e que o único que cumpre essa condição tem o nome Brown & Burk UK, Ltd, localizado no Reino Unido, e não na Bélgica. Explica ainda que a rotulagem do medicamento falsificado apresenta um erro de ortografia (a palavra "Bruxel" em vez de "Bruxelles").
O medicamento detetado pelas autoridades internacionais foi considerado falsificado e o Infarmed pede a todas as entidades que tenham sido contactadas para o adquirir, ou que o tenham adquirido, que o informem através do email dil-ins@infarmed.pt .
Segundo os critérios de abordagem terapêutica definidos pela Direção-Geral de Saúde (DGS), numa norma publicada no final de março, os doentes internados em enfermarias que apresentem insuficiência respiratória ou evidência radiológica de pneumonia podem ser tratados com hidroxicloroquina ou cloroquina durante pelo menos sete dias.
Na nota publicada no seu site oficial, o Infarmed relembra “a necessidade de medidas de cautela adicionais nesta fase de pandemia”, conforme uma nota emitida no passado mês de março, em que a autoridade do medicamento alertava para a possibilidade da existência de medicamentos falsificados na internet, no âmbito da pandemia do novo coronavírus.
Para adquirir medicamentos de forma segura, o Infarmed aconselha a verificar a autenticidade da página, clicando no logótipo e confirmando se está registada em www.infarmed.pt.
Organismo lembra que "não existem medicamentos aut(...)