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Covid-19

Graça Freitas admite surpresa com número inferior de casos positivos, mas pede cautela

17 abr, 2020 - 13:35 • Redação

Diretora-Geral da Saúde explica que perguntou "ao país todo se os números correspondiam à realidade", mas alerta que é preciso esperar mais dias para tirar conclusões.

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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, admite que ficou surpreendida com o número inferior de casos positivos pela Covid-19, mas pede cautela na sua análise. Portugal registou 181 novas infeções, o valor mais baixo desde 17 de março.

Em conferência de imprensa, e em resposta à pergunta da Renascença, a líder da DGS diz que confirmou os dados com todo o país para assegurar a sua fiabilidade: "É um número confirmado. Perguntamos ao país todo se correspondia à realidade e são números fiáveis".

No entanto, Graça Freitas alerta que não se podem tirar conclusões precipitadas e é necessário aguardar mais dias com resultados semelhantes.

"Temos de olhar com cuidado para estes números. É um número consistente com o planalto com tendência de descida. É consistente com os números e previsões dos cientistas e da academia, mas temos de aguardar mais uns dias para tirar conclusões dos números de hoje. Não podemos ser demasiado otimistas com um dia com menos casos, ou pessimistas com um dia com mais casos", disse.

Portugal prepara-se para entrar na terceira quinzena do estado de emergência, que prevê o regresso faseado à normalidade. Graça Freitas explica que é preciso continuar com todas as cautelas individuais para evitar contágio.

"As medidas estão a ser feitas para permitir a saída da fase de confinamento. Quando retomarmos a atividade profissional e escolar, terá de ser feito com muito cuidado, com muitas alterações à rotina antes do vírus", explica.

A diretora-geral da Saúde salienta que cada país tem "recomendado coisas diferentes", conforme a data de início da pandemia e a evolução da curva epidemiológica. Ainda assim, destaca que Portugal tem acompanhado as recomendações das autoridades internacionais e lembra que, antes da utilização obrigatória de máscaras, há três medidas de prevenção fundamentais.

"As medidas primordiais são lavar as mãos, distanciamento social e etiqueta respiratória. Temos insistido muito na limpeza das superfícies. Neste contexto, surge a indicação para que as pessoas possam utilizar máscaras de uso social. Este conjunto de medidas está a ser preconizado pelos países, para nos permitir sair da fase de confinamento domiciliário", explica.

Doentes infetados em meio hospitalar em menor número

Em resposta à pergunta da Renascença, Graça Freitas assinala que, nas últimas semanas, Portugal tem tido "muito menos relatos de doentes infetados dentro dos estabelecimentos de saúde".

"Houve uma separação entre circuitos Covid e circuitos não-Covid. Os profissionais de saúde estão muito atentos aos pacientes no circuito não-Covid. Quem desenvolva sintomas será testado com muita rapidez e tirado do local. Estas situações tendem a desaparecer", explica a diretora-geral da Saúde.

A responsável acredita que não existe necessidade da separação de maternidades para grávidas infetadas pelo coronavírus, em resposta à proposta do Sindicato dos Enfermeiros.

"O que está previsto é que as maternidade caso tenham um caso Covid-19, deve ser transferido para o hospital geral, onde existem áreas Covid-19 e não Covid-19. É o plano estabelecido, que vai sendo adaptado à realidade", afirma, também em resposta à Renascença.

Doentes não Covid-19 não podem ter medo de ir ao hospital

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, pede para que as pessoas com outras doenças não tenham medo de recorrer aos serviços de saúde caso tenham problemas ou consultas marcadas.

"As pessoas com doenças do foro cardiovascular não devem ter medo de ir aos hospitais, porque temos zonas diferenciais, com circuitos diferentes. Recorram ao vosso médico de família, linha de Saúde24 e, em caso de agravamento, podem recorrer aos serviços de urgência, porque o SNS está preparado para receber estes doentes", diz.

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