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25 Abril. Petição encabeçada por Manuel Alegre defende celebração no parlamento

19 abr, 2020 - 08:50 • Lusa

"A democracia não está nem pode ser suspensa. Saudamos a homenagem que o povo e o Parlamento prestam ao 25 de Abril", refere o texto que já conta com mais de oito mil assinaturas.

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Mais de 8.000 pessoas já assinaram uma petição online que defende a celebração do 25 de Abril no parlamento e que tem como primeiro subscritor o histórico socialista Manuel Alegre, entre outras figuras de esquerda.

"A democracia não está nem pode ser suspensa. Saudamos a homenagem que o povo e o Parlamento prestam ao 25 de Abril", refere o texto de lançamento da petição, que esta manhã contava com 8.445 assinaturas.

Além de Manuel Alegre, são apresentados como primeiros subscritores da petição Domingos Abrantes, militante do PCP e conselheiro de Estado, os antigos deputados socialistas Alberto Martins e José Vera Jardim, o fundador do BE Fernando Rosas e a eurodeputada deste partido Marisa Matias e a professora catedrática e ensaísta Isabel Alegro de Magalhães.

Esta petição surge dias depois de ter sido lançada uma outra em sentido contrário, pedindo o cancelamento das comemorações do 25 de Abril na Assembleia da República, e que conta já com mais de 65.000 assinaturas.

Em declarações ao jornal 'Público' no sábado à noite, o histórico socialista Manuel Alegre justifica a criação da petição por considerar que "algumas pessoas estão a fazer um aproveitamento político da decisão do parlamento de mau gosto e hipócrita".

"No fundo não querem que se celebre o 25 de Abril", referiu.

Reações às celebrações

No sábado, também em declarações ao jornal 'Público', o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, assegurou que, "mais do que em qualquer outro momento, o 25 de Abril tem de ser e vai ser celebrado" no parlamento.

O líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, anunciou que não irá à sessão solene do 25 de Abril no parlamento por a considerar "um péssimo exemplo para os portugueses", devido às restrições impostas à população pela pandemia.

Também no sábado o deputado único do Chega, André Ventura, escreveu ao presidente do parlamento, pedindo a Ferro Rodrigues que, em articulação com o Presidente da República, cancele a sessão solene comemorativa do 25 de Abril, dizendo que esta "está a gerar um enorme sentimento de revolta e indignação no povo português".

Já a líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, em declarações à Lusa, defendeu no sábado a importância reforçada de assinalar o 25 de Abril no parlamento em período de emergência, considerando que as críticas feitas têm uma motivação "ideológica" e não de defesa da saúde pública.

Devido às restrições impostas pela pandemia, a Assembleia da República decidiu na quarta-feira realizar a sessão solene do 25 de Abril no parlamento com um terço dos deputados (77 dos 230 parlamentares) e menos convidados, com o gabinete de Ferro Rodrigues a estimar que estejam presentes cerca de 130 pessoas, contra as 700 do ano passado.

Comentários
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  • Petervlg
    20 abr, 2020 Trofa 11:04
    Quando a estupidez se sobrepõem a racionalidade.
  • Ramiro
    19 abr, 2020 Braga 15:58
    Péssima mensagem para quem se vê obrigado ao confinamento obrigatório e por força da idade aconselhado a ficar em casa.À maior parte dos portugueses, que são os que estão na faixa etária entre os 45 e 55 anos pouco ou nada lhes diz esta data e vão ser esses que representam a força maior de trabalho do País a questionarem a decisão tomada pelos representantes que elegeram. Depois admiram-se que cada vez haja mais abstenções. Estou à vontade para criticar porque desde há muito que conjuntamente com um grupo de amigos comemoramos esta data, e este ano para constrangimento de todos cada um fica no seu recanto.
  • 19 abr, 2020 14:53
    Senhores, Manuel Alegre e os OUTROS, a DEMOCRACIA em Portugal não é da ESQUERDA nem da DIREITA é de TODOS aqueles que teem amor á vida e ao seu SEMELHANTE. É esta a democracia. Ser democrata é saber viver em sociedade seja essa sociedade GORDA ou MAGRA, seja ALTA ou BAIXA, seja do LITORAL ou das SERRANIAS. Essa democracia é do INTELECTUAL ou do MENOS ALFABETO. Também essa democracia é PRINCIPALMENTE daquele e daquela que tem, pelo outro, RESPEITO. E esse RESPEITO o Senhor e os OUTROS não o TEEM. Sabe perfeitamente que uma DECISÃO da Presidência da República ou do Governo tem de ser DIRIGIDA a todos os CIDADÃOS desta NAÇÃO e não só dirigida a ALGUNS. Ora se o Senhor for VER qual o NÚMERO de Cidadãos que DERAM a TAL MAIORIA a meia dúzia de Deputados e Deputadas que agora dizem ter o EXCLUSIVO da DEMOCRACIA não é assim tão IGUAL àquela maioria que ficou privada de poder FESTEJAR no Domingo passado a Festa que já tem RAÍZES MILENARES em relação ao 25de Abril. Sim, Senhor Manuel Alegre quando alguém reclama IGUALDADE tem a OBRIGAÇÃO de ser igual ao seu semelhante, pois caso contrário deixa de ser igual para ser PARCIAL. Sabe que uma SERRA é feita de altos e baixos e este País é isso mesmo, é feito de ALTOS e BAIXOS e pelo que estou a ver os BAIXOS querem VER mais e melhor que os ALTOS. Não, Senhor Manuel Alegre, não queira para SI e para os OUTROS aquilo que outros DUZENTOS MIL não terão no próximo dia TREZE DE MAIO. Ainda anteontem ouvi UM dos SEUS dizer TRÊS de MAIO. ISSODIZTUDO
  • newmew
    19 abr, 2020 14:39
    «Angustiados, tristes ou ansiosos. Pandemia já afeta saúde mental de mais de 80% dos portugueses. 18 abr, 2020 - 07:00 • Isabel Pacheco» Evidentemente afecta os portugueses. o Manel não é argelino.
  • António dos Santos
    19 abr, 2020 Coimbra 13:26
    Aqui temos o pateta alegre, no seu melhor!!! Não é estranho, porque ele nunca foi uma pessoa com bom senso. Ele não respeita os portugueses, nem os seus sacrifícios. O mal dele é que nunca trabalhou. Foi e é um chulo da sociedade.
  • 19 abr, 2020 13:12
    Isto nao vai la com peticoes! As pessoas vao acreditar menos no 25 abril " no pos pandemia!
  • Americo
    19 abr, 2020 Leiria 13:11
    Porque é que em democracia, uns podem fazer aquilo que impedem aos outros ?
  • 19 abr, 2020 Palmela 12:06
    Coitado! Para o que lhe havia de dar no fim velho!

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