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Pandemia de Covid-19

DGS e serviços do Parlamento reunidos segunda-feira para preparar cerimónia do 25 de abril

19 abr, 2020 - 20:45 • Lusa

Fonte do gabinete de Ferro Rodrigues confirmou este domingo que reunião terá lugar amanhã.

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Os serviços da Assembleia da República e representantes da Direção-Geral de Saúde (DGS) vão ter na segunda-feira uma “reunião de trabalho” sobre a sessão solene do 25 de Abril, confirmou este domingo à Lusa fonte do gabinete do presidente do Parlamento.

De acordo com o gabinete de Eduardo Ferro Rodrigues, será “uma reunião de trabalho entre serviços, na sequência dos vários contactos que tem havido” entre as duas entidades, dando seguimento “ao cumprimento das regras estabelecidas” no âmbito da pandemia de Covid-19 na cerimónia do próximo sábado.

A notícia da reunião foi avançada este domingo pela edição ‘online’ do jornal "Público".

Hoje, na habitual conferência de imprensa de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus, a ministra da Saúde pediu aos portugueses um “rigoroso cumprimento” do confinamento, garantindo que as celebrações do 25 de Abril vão ter “regras” e não vão colocar em causa “o esforço coletivo” para controlar a Covid-19.

“Não há qualquer contradição entre este dever e a sinalização de determinados dias específicos da nossa vida coletiva, porque a faremos dentro destas regras”, afirmou Marta Temido.

A ministra notou que uma coisa são as comemorações “tradicionais”, com pessoas na rua, abraçadas, e outra será o que está previsto realizar-se para assinalar a data este ano, ainda a ser detalhado e programado.

“Podem as pessoas ficar tranquilas e descansadas. De forma nenhuma deixaremos que um dia ou um gesto coloquem em causa um esforço coletivo”, assegurou.

Nos últimos dias tem-se intensificado a polémica à volta do tema, com duas petições ‘online’ em sentido contrário: uma que pede o cancelamento da sessão solene no Parlamento, lançada há vários dias, e que recolhia por volta das 20h30 de hoje cerca de 87.500 assinaturas, enquanto outra que defende a celebração pela Assembleia da República, colocada ‘online’ no sábado, contava com mais de de 18.700 subscritores, encabeçada por históricas figuras de esquerda como Manuel Alegre, Fernando Rosas e Domingos Abrantes.

No sábado, o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, anunciou que não iria à sessão solene do 25 de Abril no Parlamento, por a considerar "um péssimo exemplo para os portugueses", e o deputado único do Chega, André Ventura, escreveu ao presidente do Parlamento, pedindo a Ferro Rodrigues que cancele a sessão, dizendo que esta "está a gerar um enorme sentimento de revolta e indignação no povo português".

Em declarações ao jornal Público no sábado, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, assegurou que, “mais do que em qualquer outro momento, o 25 de Abril tem de ser e vai ser celebrado na AR”.

“Celebrar o 25 de Abril é dizer que não sairá desta crise qualquer alternativa antidemocrática”, afirmou a segunda figura do Estado.

Devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, a Assembleia da República decidiu na quarta-feira realizar a sessão solene do 25 de Abril no Parlamento com um terço dos deputados (77 dos 230 parlamentares) e menos convidados, com o gabinete de Ferro Rodrigues a estimar que estejam presentes cerca de 130 pessoas, contra as 700 do ano passado.

A decisão da conferência de líderes teve o apoio da maioria dos partidos: PS, PSD, BE, PCP e Verdes. O PAN defendeu o recurso à videoconferência, a Iniciativa Liberal apenas um deputado por partido, enquanto o CDS-PP - que propôs uma mensagem do Presidente da República ao país - e o Chega foram contra.

Portugal regista 714 mortos associados à covid-19 em 20.206 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 27 mortos (+3,9%) e mais 521 casos de infeção (+2,6%).

Comentários
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  • João Lopes
    19 abr, 2020 Viseu 21:22
    Os adoradores mais ou menos filo-marxistas da nova religião 25/4 têm o direito ao seu culto público… As outra religiões, não!

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