22 abr, 2020 - 15:01 • Dina Soares , Rodrigo Machado , Joana Gonçalves
Veja também:
Perante uma pandemia que está a matar milhares de pessoas surgem, a par das notícias dadas pelas autoridades, conselhos bizarros e anúncios de remédios milagrosos. Sabe distinguir as orientações corretas dos palpites e das falsas verdades?
Pois, afinal os raios ultravioletas não eliminam a Covid-19. A melhor solução para "matar" o novo coronavírus é mesmo lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou com uma solução à base de álcool a 70%, recomenda a Direção-Geral da Saúde. A lavagem deve durar pelo menos 20 segundos, o tempo de trautear a sua canção favorita.
As autoridades de saúde pedem à população a adoção das chamadas medidas de etiqueta respiratória, como tapar o nariz e a boca quando espirrar ou tossir. Esse gesto deve ser efetuado com com um lenço de papel - que depois deve deitar fora - ou, se não tiver um por perto, com o antebraço.
Se desenvolver sintomas compatíveis com a Covid-19, como febre, tosse, dores de garganta e musculares, cansaço ou dificuldade em respirar, deve entrar em contacto com os profissionais da Linha Saúde 24 (808 24 24 24). Não se desloque a uma unidade de cuidados de saúde, pois pode estar, inadvertidamente, a infetar outras pessoas.
A perda de olfato e, em alguns casos de paladar, também tem sido apontada como um possível sintoma da doença. Há também pessoas com o novo coronavírus que são assintomáticas, ou seja, não manifestam qualquer sinal da doença. Por isso, pode conseguir suster a respiração e, ainda assim, estar infetado.
A comunidade científica está a trabalhar numa, mas ainda não existe uma vacina contra a Covid-19. O Reino Unido vai começar os primeiros testes em seres humanas, mas ainda pode demorar algum tempo até ser criado um fármaco contra a doença que deixou o mundo em suspenso.
Com os conhecimentos que existem até este momento, "não é possível confirmar se as pessoas infetadas com o SARS-CoV-2 desenvolvem imunidade protetora. O organismo humano pode ir ganhando anticorpos após a infeção e desenvolvimento da doença", refere a DGS. O que parece ser claro é que o novo coronavírus é difícil de tratar, como poder ler neste artigo da Renascença.
Ao contrário de doenças como dengue, zika, febre amarela ou malária, neste caso a culpa não é do mosquito. Aliás, não existe qualquer evidência que o novo coronavírus seja transmitido através da picada do temido inseto.
Os cidadãos devem praticar o distanciamento social, uma vez que está provado que a Covid-19 é transmitida por contacto próximo com pessoas infetadas ou com superfícies contaminadas. "O vírus pode sobreviver em superfícies durante horas ou até dias, se estas superfícies não forem limpas e desinfetadas com frequência", alerta a Direção-Geral da Saúde.
As pessoas com mais de 70 anos e as que padecem de doenças crónicas, como problemas cardíacos, pulmonares, diabetes ou hipertensão, fazem parte do grupo de risco, mas esta é uma doença conhecida por não ter "nacionalidade, idade ou género". Em Portugal, como um pouco por todo o mundo, a taxa de mortalidade por Covid-19 tem maior incidência no grupo de pessoas com mais de 80 anos, mostram os dados oficiais. Pode acompanhar a evolução diário e os números mais recentes no microsite da Renascença.
Além de não acreditar em tudo o que lê nas redes sociais e de recolher informação sobre a Covid-19 em sites de organismos oficiais, como a Direção-Geral da Saúde, e em órgãos de comunicação social, os especialistas também consideram importante evitar a exposição excessiva a notícias, para não agravar a ansiedade natural num período de stress e de maior confinamento.
Pode consultar aqui 14 conselhos para a vida em "reclusão familiar" e saiba também o que fazer à roupa depois de ter ido à mercearia, ao quiosque ou à farmácia, por exemplo.
Compilamos alguns dos mitos e verdades sobre a covid-19 em cartões, que pode partilhar com família e amigos. De seguida, poderá testar os conhecimentos adquiridos com um quiz. Será que consegue acertar em todas as respostas?