24 abr, 2020 - 18:14 • Ana Carrilho
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A CGTP já estava à espera de limitações para as ações de rua a assinalar o 1.º de Maio, mas nunca a de que as pessoas ficassem impedidas de sair para fora do concelho de residência no fim de semana alargado, à semelhança do que aconteceu na Páscoa.
“Não estávamos à espera, depois da abertura manifestada pelo Governo e primeiro-ministro, que houvesse tantas restrições e nomeadamente esta, da circulação entre concelhos, admite Libério Domingues, coordenador da União de Sindicatos de Lisboa, em declarações à Renascença.
O sindicalista frisa que a mobilização está a ser feita unicamente para dirigentes e delegados sindicais, “não há apelos à população, mas esta restrição implicará que pelo menos cerca de metade das pessoas que deviam estar, não possam participar”.
Sem dizer quantos sindicalistas estavam previstos para a Alameda, em Lisboa, Libério Domingues deixou claro que seriam muitos mais do que os 100 referidos quinta-feira na reunião que entre a direção da CGTP, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita; e a ministra da Saúde, Marta Temido.
Distanciamento social está garantido para além do exigido por lei. No entanto, a União de Sindicatos de Lisboa já tirou medidas à Alameda, o seu ponto histórico de comemoração do Dia do Trabalhador. Libério Domingues diz que dá para as pessoas previstas embora, agora, não saiba qual vai ser a “taxa de ocupação”.
Mas as regras estão definidas; fileiras no relvada com cinco metros entre cada uma e em cada fila, distância de três metros entre os participantes, “é mais do que o exigido pela lei em relação ao distanciamento social.
Os pormenores continuam a ser acertados. Depois da reunião com o Comando Metropolitano da PSP, na segunda-feira, a CGTP reúne-se com a Direção Nacional.
Esta sexta-feira À tarde reuniu-se em videoconferência com a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, e além dos encontros com os ministros da Administração Interna e da Saúde, a central sindical ainda espera falar com o primeiro-ministro e esclarecer as restrições que não esperava.
Libério Domingues assume que vai ser necessária muita disciplina, mas garante toda a disponibilidade da CGTP para fazer tudo dentro da lei.
“Também sabem que nós temos uma grande experiência e confiam na nossa capacidade de organização e de responder às exigências e recomendações”, sublinha coordenador da União de Sindicatos de Lisboa.