24 abr, 2020 - 12:29 • Rosário Silva
Com as consultas presenciais suspensas, no âmbito do plano de contingência no combate ao covid-19, o hospital do Espirito Santo, em Évora, está a realizar consultas através do telefone, a todos os utentes que constam nos seus agendamentos diários, e consultas presenciais, quando clinicamente se justificam.
Por questões de segurança dos utentes e dos profissionais, o recurso ao telefone é a alternativa, e nos últimos 24 dias já foram feitas, por esta via, 1234 consultas.
“É importante que a população saiba que continua a contar com o Departamento de Psiquiatria de Saúde Mental, neste período de distress psicológico”, refere Madalena Serra, diretora do departamento.
Para fazer face a este período, o Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental de Adultos reorganizou-se em duas equipas multidisciplinares de trabalho distintas.
“Uma equipa garante a atividade de consulta externa, o serviço de urgência e a psiquiatria de ligação, trabalhando em sistema de rotatividade, e uma equipa que garante a assistência no internamento”, indica a responsável.
Também a Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência mantém a atividade clínica de consulta externa em regime de teletrabalho. Esta organização específica, aponta, “pretende garantir o acompanhamento de todos os utentes em seguimento prévio pelo serviço e também de novos utentes referenciados pelos médicos de família.”
Madalena Serra realça a importância desta estratégia do serviço, reconhecendo “que estando limitados no atendimento presencial, a nossa atenção é redobrada aos utentes que padecem de patologia mental grave.”
A diretora deste departamento, afirma que se mantêm “os agendamentos da medicação injetável”, sendo garantidas, de igual forma, “as visitas domiciliárias para situações concretas, como sejam os doentes graves com acrescidos fatores de vulnerabilidade social.”
Considerando que o trabalho desenvolvido até ao momento “é positivo”, a responsável deste serviço no hospital de Évora, realça o empenho dos profissionais, confirmando que “em épocas de crise, os utentes continuam a ser o pilar da nossa atuação, bem como o principal reforço à nossa motivação."