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​Rede Nacional de Apoio às Vitimas de Violência Doméstica recebe 2.800 participações em 15 dias

29 abr, 2020 - 17:34 • Maria João Costa

Em menos de um mês, desde 17 de março, as linhas criadas pelo Governo para apoio às vítimas de violência doméstica já receberam 308 pedidos.

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Já se sabia que, desde que foi decretado o estado de emergência, que a PSP tinha sentido uma redução no número de participações de violência doméstica, Contudo, ela persiste e a prová-lo estão os dados revelados esta quarta-feira pela secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro: desde 17 de março que as linhas criadas pelo Governo para apoiar as vítimas de violência doméstica receberam 308 pedidos.

Rosa Monteiro avançou os números durante a Social Good Summit que esta quarta-feira decorreu pela via digital.Os dados indicam também que a “Rede Nacional de Apoio às Vítimas, constituída por 40 casas de abrigo e 25 estruturas de acolhimento de emergência, em 15 dias, ou seja, entre o final de março e 14 de abril, teve cerca de 2.800 participações e pedidos de atendimento, 71 dos quais presenciais.”

“A pandemia que atinge de forma continuada as mulheres e crianças é a violência de género”, disse a governante, que participou num debate moderado por Margarida David Cardoso e com a participação de Marlene Matos, psicóloga e professora Universidade do Minho, e Diogo Faro, ativista de Direitos Humanos e Humorista

No atual contexto, o executivo reforçou um conjunto de canais de apoio, explicou Rosa Monteiro. A secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade considera que há uma necessidade de “maior vigilância social”.

Segundo dados avançados por esta governante “a Linha de SMS 3060 já teve, desde 27 de março, 123 contatos com pedidos de informação e ajuda.” E, alguns casos, diz Rosa Monteiro, os técnicos e profissionais têm encontrado situações “bastante graves e de risco elevado”, esses casos foram encaminhados “para as forças de segurança para ser agilizada uma proteção da vitima”.

A preocupação do Governo é “manter toda a rede ativa” e embora se verifique uma redução de “35 por cento” no número de participações à polícia neste período de emergência, a aposta agora é em pensar como será o período seguinte, com o aliviar das medidas de confinamento.

“Muitas destas vitimas estão a ficar sem emprego e por isso estamos a tentar definir medidas de apoio pós confinamento”, indica a secretária de Estado. Rosa Monteiro relembra que neste período de estado de emergência, houve uma “maior procura por parte das vítimas por apoio psicológico”

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