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Coronavírus

Graça Freitas admite que há mais grávidas infetadas do que os números oficiais

03 mai, 2020 - 16:44 • Filipe d'Avillez

A responsável esclareceu ainda que nunca se oporia a que se fizessem mais testes nos lares, mas que só testar não chega.

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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, admitiu este domingo que o número de oficial de grávidas infetadas com Covid-19 pode estar abaixo da realidade.

Na habitual conferência de imprensa diária, em resposta a uma pergunta feita pela Renascença, Graça Freitas disse que é sabido que tende a haver uma subnotificação destas situações.

“O que se passa é que quando não temos métodos automáticos de recolha de informação recorremos a questionários diretamente às instituições, e obviamente também é conhecido que habitualmente há uma subnotificação nestas situações.”

A diretora-geral da Saúde insiste que o organismo que dirige tenta fazer o melhor com a informação que tem,

“Estamos a tentar melhorar, mas não são parâmetros que consigamos recolher automaticamente a partir de um formulário eletrónico, por exemplo, que nos daria todo o retrato automaticamente e um retrato certo. São coisas que vamos colhendo todas as semanas e que vamos tentando aproximar da realidade, com o melhor do nosso esforço e do esforço dos profissionais que nos dão essa informação. Obviamente só temos aquilo que nos reportam”, disse.

Testes nos lares

Graças Freitas aproveitou ainda esta conferência de imprensa para esclarecer o que tinha dito na semana passada, no sentido de que não era uma “emergência” fazer testes nos lares de idosos.

“A diretora-geral da Saúde nunca desvalorizou a realização de testes em lares. Aliás a senhora ministra disse que nós temos acompanhado atentamente a realização destes testes em profissionais assintomáticos, porque de facto são eles que introduzem os vírus em lares.”

“Coisa diferente é dizer que fazer o teste é suficiente. Tem sido dito muitas vezes que o teste é uma fotografia num determinado momento e o que é preciso é que uma vez feito o teste, ou feitos testes nos lares, depois haja o cuidado de os profissionais utilizarem os equipamentos de proteção individual adequados e a instituição garantir todas as questões que têm a ver com prevenção e controlo de infeção, nomeadamente o máximo de distanciamento físico entre os utentes e questões de higiene de superfícies, higiene de objetos e higiene de equipamentos.”

Graça Freitas insiste que nunca se oporia “a que fossem feitos testes em estabelecimentos tão especiais. Agora estes testes têm de ser acompanhados de uma série de medidas para retirarmos deles a maior efetividade possível.”

Portugal regista atualmente 1.043 mortos relacionadas com a covid-19, mais 20 do que no que sábado, e 25.282 infetados (mais 92), segundo o boletim epidemiológico divulgado este domingo pela Direção-geral da Saúde.

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