04 mai, 2020 - 11:59 • Lusa
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A primeira manhã de novas regras nos transportes públicos está a “correr muito bem”, segundo o ministro do Ambiente, indicando que até às 8h00 houve 30 pessoas no Metropolitano de Lisboa sem máscara à entrada, mas aceitaram comprar.
“Não foi passada nenhuma multa até agora. Essas pessoas iam entrar sem máscara, portanto num sítio onde ainda podiam estar sem máscara”, avançou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, no âmbito de uma visita à Central de Comando do Metropolitano de Lisboa, para assinalar o início do plano de desconfinamento devido à pandemia da Covid-19.
As 30 pessoas que apareceram sem máscara no Metropolitano de Lisboa até às 8h00, após serem interpeladas pelos agentes de segurança, “aceitaram de muito bom grado a sugestão” de ir comprar o equipamento de proteção individual, disponível nas máquinas de venda automática.
No Metro de Lisboa há 80 máquinas e no Metro do Porto existem 30 pontos de venda, indicou o ministro que tutela os transportes urbanos, referindo que a máscara descartável custa 1,50 euros e “a máscara reutilizável, que é aquelas que as pessoas devem comprar”, está disponível ao custo de três euros.
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No caso de incumprimento do uso obrigatório de máscara nos transportes públicos, os utentes podem ser multados com coimas entre 120 e 350 euros.
“Não há aqui benevolência, nem tolerância nenhuma, essas pessoas estavam sem máscara num sítio onde podiam estar sem máscara. Quando iam entrar num sítio onde é necessária máscara, foram interpeladas antes disso, portanto quando entraram no metro já tinham a máscara posta”, reforçou João Matos Fernandes, referindo que a decisão de aplicar coimas compete a cada agente da autoridade.
A acompanhar o início do plano de desconfinamento, as forças de segurança estão a controlar as entradas e saídas de passageiros nas estações de transporte público.
“Não pode haver mais do que dois terços dos passageiros, todos os passageiros têm de andar com máscara e todos os modos de transporte têm de ser devidamente limpos, desinfetados e higienizados”, lembrou o governante, assegurando que as medidas já estão concretizadas na Transtejo/Soflusa, no Metro de Lisboa, no Metro do Porto, na CP – Comboios de Portugal, na Carris e no conjunto das empresas de autocarros pelo país fora.
“Esta é a primeira manhã de stress e que está a correr muito bem”, declarou João Matos Fernandes.
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Nos metros de Lisboa e do Porto, referiu, a hora de maior procura começa às 08h00, mas ainda não tinha havido mais do que 25% da lotação dos comboios.
A principal preocupação, indicou, tinha a ver com a Soflusa, que assegura a ligação fluvial entre Lisboa e o Barreiro, no distrito de Setúbal, porque quando era só permitida um terço da lotação de passageiros “algumas vezes na ponta da manhã chegava-se aos 40%”. Porém, até às 08h00 de hoje o barco “trouxe apenas metade dos passageiros quando podiam ir até aos dois terços, todos com máscara”.
“As pessoas estão a aderir, de facto o civismo e a cidadania dos portugueses estão a vir ao de cima, como têm vindo, aliás, neste último mês e meio e hoje está-se a sentir muito isso”, considerou o ministro do Ambiente.
Portugal contabiliza 1.043 mortos associados à covid-19 em 25.282 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado no domingo.