04 mai, 2020 - 08:20 • Isabel Pacheco
Coronavírus
4 de maio é o primeiro dia da primeira fase de des(...)
Nem todos os utentes dos transportes públicos, em Braga, cumpriam a obrigatoriedade do uso de máscara, esta manhã, no primeiro dia de estado de calamidade, o primeiro do plano de desconfinamento elaborado pelo Governo, que prevê um levantamento das restrições provocadas pela pandemia de Covid-19.
Há coimas previstas para quem não usar a máscara, mas Daniel, motorista dos TUB, Transportes Urbanos de Braga, mostra vontade de ser o primeiro fiscal e, se cumprir a tarega, evitará coimas para quem prevarica e irregularidades no seu autocarro: "[Se alguém estiver sem máscara, não pode entrar. Mas isto vai ser normalizado, as pessoas vão habituar-se, tem de ser".
Neste contacto da Renascença com a nova ordem dos dias, Daniel teve logo um desafio a abrir. "Olhe, o primeiro [passageiro] a entrar e não tem máscara", observou, ainda antes de tratar da situação.
Cenário diferente na estação de comboios da cidade, onde, apesar da pouca afluência, ninguém deixou a máscara em casa. "Passei a usar máscara agora, por causa dos transportes públicos", confirma João, que enquanto aguarda, mantém a máscara na mochila.
Ali, a fiscalização é feita por um agente da PSP e dois seguranças, que verificam quem traz o equipamento individual de proteção. Já à porta da estação, no ponto de táxis, as regras parecem estar ser cumpridas. No táxi de António Sousa há máscaras e gel desinfetante. Só faltam mesmo os passageiros
"Está muito parado. De 300 chamadas que tínhamos, nem 30. Já estamos a utilizar máscaras, luvas e gel desinfetante, mas não há movimento", lamenta.
Falta o movimento desejado para o negócio, mas há mais movimento na cidade. A partir das 10h00, com a abertura das lojas de rua, espera-se que a circulação de pessoas aumente. Nos transportes públicos, a avaliação, por ora, é de que ainda há quem não esteja a cumprir com o uso obrigatório de máscara, ainda que a maioria esteja a respeitar a lei.