09 mai, 2020 - 08:46 • Marta Grosso
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“Não há nenhuma medida decidida”, afirmou o ministro do Ambiente na quarta-feira, dia 6 de maio. Há três dias, João Matos Fernandes garantia que o manual de acesso às praias deveria estar concluído “até ao final da próxima semana” – ou seja, a semana que entra depois de amanhã.
O ministro afirmou também que o documento deverá levar em consideração os contributos das entidades que participam na comissão técnica de acompanhamento das águas balneares.
Portugal é um país cheio de praias: 481 costeiras e 133 fluviais. A praia é, pois, um tema sensível aos portugueses, que não se veem a passar um verão sem o pé na água, seja ela salgada ou doce. Por isso, há quem tentado saber o que poderá vir aí.
Nesta manhã de sábado, o semanário “Expresso” avança que o plano inclui “cercas, drones e apps para controlar a lotação” no areal. Fazem parte das várias propostas que as Câmaras Municipais, os concessionários e outras entidades enviaram à Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
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A APA já ouviu as propostas de dezenas de entidades e ainda não deu as reuniões por acabadas.
“Conversámos com um número muito alargado, 86 autarquias, com as associações de apoios de praia, com as entidades que fazem a fiscalização”, afirmou o ministro do Ambiente na quarta-feira.
Segundo o “Expresso”, a ideia de criar “quadrículas que marcam o lugar de cada chapéu de sol”, por exemplo, terá surgido das autarquias. Mas a Direção-Geral da Saúde (DGS) ainda não chegou à conclusão sobre qual a distância de segurança a aplicar, sendo que ainda procura informação científica sobre o tempo de vida do vírus na areia. Além disso, não está definida a distância de segurança segura entre pessoas, seja no areal seja dentro de água.
A “instalação de sensores nos acessos para controlar a entrada de banhistas e utilização de drones para monitorizar a multidão”, bem como a definição de “tempos limite de permanência na praia para garantir maior rotatividade ou para que se icem ‘bandeiras de carga’ com cores diferentes a indicar a afluência são outras das propostas em cima da mesa da APA.
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O jornal “Público” fala, por seu lado, na contratação de segurança privada para vigiar o cumprimento das regras nas praias algarvias – as mais concorridas na época balnear. Resta saber se neste ano também vai ser assim, tendo em conta que as deslocações são ainda alvo de restrições e ainda não são conhecidas as regras para a hotelaria.
A época balnear começa em 1 de junho, ou seja, daqui a cerca de três semanas.