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Notícia Renascença

Reabertura das creches. Tudo o que pais e educadores precisam de saber

08 mai, 2020 - 21:37 • Luís Aresta

A DGS adverte que o regresso à atividade nas creches envolve riscos. Pais e educadores têm pela frente um desafio nunca visto. E as crianças também.

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A diretora-geral da Saúde reconhece que a reabertura das creches comporta riscos, porque “a sintomatologia nas crianças em idade de creche é ligeira”, sendo passível de “transmissão aos idosos”.

Numa sessão de esclarecimento esta sexta-feira, em que participaram vários agentes envolvidos na reabertura das creches, Graça Freitas tentou transmitir alguma tranquilidade sobre o tema, afirmando que, pelo que se sabe até ao momento, a transmissão é normalmente feita “do adulto para a criança”, existindo hoje uma maior facilidade de identificar as cadeias de transmissão e, como tal, de isolar casos suspeitos de Covid-19.

Na mesma sessão, apurou a Renascença junto de fontes envolvidas na reunião, a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social colocou um ‘se’ na reabertura das creches, prevista para 18 de maio.

Ana Mendes Godinho sublinhou que o regresso ao convívio entre crianças e educadores está ainda dependente da avaliação que o Governo e as autoridades sanitárias irão fazer desta primeira quinzena sob estado de calamidade.

Linhas orientadoras são desafio às creches, às crianças e aos pais

Apesar de algumas das medidas anunciadas esta sexta-feira já estarem contempladas nos planos de contingência das creches, outras, agora anunciadas e que serão formalizadas nos próximos dias, são um autêntico desafio para educadores, crianças e pais.

No essencial, as medidas detalhadas pela DGS são as seguintes, para todas as creches:

  • Existência de área de isolamento de casos suspeitos de Covid-19, com circuitos definidos e isoláveis
  • Garantia de substituição de funcionários doentes
  • Não utilização de sistemas de ar condicionado em sistema de recirculação
  • Existência de um dispensador de gel desinfetante por sala
  • Encerramento de espaços não utilizados
  • Arejamento dos espaços com abertura de portas e janelas
  • Rigor na higiene de todos os espaços, com reforço de ações de limpeza e descontaminação, incluindo limpeza de mesas e cadeiras entre turnos nas “cantinas”
  • Distanciamento entre crianças nas pausas e espaços de refeição
  • Berços, camas ou catres sempre utilizados pela mesma criança e com espaçamento mínimo de 2m entre si (há creches que se queixam de falta de espaço para implementar esta medida)
  • Divisão de turmas, tornando-as mais pequenas
  • Turmas fixas, ocupando diariamente o mesmo espaço, com o mesmo educador e com os mesmos circuitos de circulação
  • Mesas de trabalho orientadas no mesmo sentido (as creches trabalham habitualmente com mesas redonda ou dispostas em “U”)
  • Uso de “máscara cirúrgica” pelos profissionais e pelas crianças com idade superior a 6 anos (abaixo desta idade a máscara não é permitida)
  • Espaçamento de 2m entre crianças (medida que a própria DGS reconhece não ser de fácil aplicação)
  • Material didático não deve ser partilhado entre as crianças
  • Os brinquedos pessoais ficam em casa
  • Os pais devem disponibilizar calçado para uso exclusivo no interior das creches
  • Os pais não podem entrar nas creches, devendo a entrega e receção das crianças ser feita de forma individual
  • No caso do transporte das crianças em viaturas disponibilizadas pelas creches, ou empresas prestadoras desse tipo de serviço, serão aplicadas as mesmas regras em vigor para os transportes públicos.
Comentários
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  • Sofia
    11 mai, 2020 Lisboa 22:15
    O meu filho anda na creche num país nórdico e as regras lá são: mínimo espirro vais para casa e só pode voltar após 48 horas sem sintomas e mais tempo no recreio. Nunca esteve tão saudável e as educadoras dão mimos e abracos e não andam mascaradas.
  • José Silva
    11 mai, 2020 Lisboa 17:13
    Não existem palavras para descrever esta atrocidade e irresponsabilidade! Isto não é Educação, isto é Má-Educação ao colocar as crianças em ambientes que forçosamente vão marcar o seu futuro com princípios de individualidade, separação, falta de afecto, para não falar que as vão expor a riscos de saúde!!! Nós não somos Nórdicos, somos Latinos e sim a nossa cultura e carácter é diferente e por isso não podemos considerar exemplos de sociedades completamente diferentes e distintas da nossa. Comecem pelos estudantes mais velhos e progressivamente ampliem para ciclos de educação mais baixos, começarem pelas Creches é demasiado arriscado e levam muitos Pais ao desespero de estarem contra esta atrocidade cometida pelo Governo e a revoltas desnecessárias.
  • Rui Torres
    09 mai, 2020 Braga 13:29
    Enfim. Sou pai de 2 crianças e olhando para atrocidade que vai ser implementado nas creches e no meu entender para crianças abaixo de 10 anos é incompreensível do ponto de vista sanitário. A economia tem de continuar e faz todo o sentido. O que não faz sentido é neste caso específico ser à custas das crianças. As crianças que são preparadas para partilhar brinquedos, afetos entre outras coisas, vão ser reprogramadas para estarem longe dos amigos? Se as crianças não derem em doidas vão ser os educadores e auxiliares. Óbvio que será inevitável o regresso à escola, mas pelo menos façam-no em Setembro. Talvez nesta altura a situação esteja menos caótica para a sociedade. Já sabemos que vamos pagar a fatura mais à frente, por isso não será mais uns quantos milhões que farão a diferença. De certo que poderão ser descontos em algumas gorduras estatais que enchem a barriga a uns quantos “parasitas” da nossa sociedade.
  • Filipe
    08 mai, 2020 évora 22:06
    O que a juventude dirá uns aos outros … ” vão se matar todos ! ” O bicho mata mesmo e não só , só mesmo para alimentar carne para canhão . Em 1961 eram os jovens estúpidos e parvos dados pelo Estado às minas explosivas em África , mais de metade sofre agora de stress de guerra , abandonados pelo Estado . Hoje , temos uma guerra invisível , minas invisíveis e na mesma a criação futura de um elenco de gente que vai ficar marcada pela vida , não com stress mas agora sequelas , certamente abandonados pelo Estado a exemplo do passado … “também estão a verificar-se casos de “encefalite [inflamação do cérebro] e outros efeitos” em pessoas contaminadas com o novo coronavírus….os efeitos vasculares estão aí, são reais e precisam de ser mais estudados” Concluindo : O Governo Português oculta a gravidade da doença desde o início … ” e , tal … só morrem quem tem diabetes e hipertensão” MENTIRA ! A verdade , é o tempo que levam a recuperar os infetados e os dano colaterais ocultados . Abram tudo , façam Orgias ! Depois digam que não os avisam a tempo ! “Devemos voltar a onde devíamos ter estado há meses: encontrar casos, rastrear contactos, testar casos, isolar casos, pôr pessoas infetadas de quarentena”, considerou o epidemiologista.” https://observador.pt/2020/05/08/doenca-afeta-tambem-sistema-vascular-e-cerebro-afirma-oms/

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