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Visitas a lares retomadas a 18 de maio com marcação prévia

11 mai, 2020 - 21:46 • Redação com Lusa

Numa primeira fase, as visitas devem ter número máximo e, por isso, limitadas a um visitante por utente, uma vez por semana e os visitantes devem usar máscara e higienizar as mãos antes e depois. Acamados em lares e cuidados continuados também vão poder receber visitas.

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Os idosos em lares vão voltar a poder receber visitas a partir de segunda-feira, dia 18 de maio, mas apenas com marcação prévia. Numa primeira fase, cada utente só poderá receber uma visita por semana.

As orientações são da Direção-Geral da Saúde (DGS) e foram divulgadas esta segunda-feira. Na publicação, a DGS refere que este limite de visitas poderá ser ajustado mediante as condições da instituição e a situação epidemiológica observada na zona onde o lar está localizado. As visitas vão ter um tempo limitado, não devendo exceder os 90 minutos, acrescenta.

Na orientação para a retoma das visitas a Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) e Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI, a DGS reforça que os visitantes devem cumprir "todas as medidas de distanciamento físico, etiqueta respiratória e higienização das mãos".

Nesse guia da DGS, é referido que as instituições devem garantir o agendamento prévio precisamente para garantir a higienização entre visitas e manutenção do distanciamento físico apropriado. Terá ainda de ser criado um registo de visitantes, com indicação da data, hora, nome, contacto e residente visitado.

Os visitantes terão de “utilizar máscara, preferencialmente cirúrgica, durante todo o período de permanência na instituição”, ficando ainda impedidos de levar objetos pessoais, géneros alimentares ou outros produtos aos utentes.

À Renascença, um diretor de um lar (IPSS) do Grande Porto diz que a orientação da Direção-Geral da Saúde (DGS) é bem-vinda, e era já esperada pelas instituições, mas alerta para o "risco" que representa a permissão de visitas a idosos acamados.

A DGS refere como requisito que a instituição deve, "sempre que possível", definir corredores e portas de circulação apenas para as visitas, "diferentes dos de utentes e profissionais".

Só que em alguns lares, "os quartos e corredores dos quartos não têm dimensões que permitam criar circuitos diferenciados sem que estes se cruzem com circuitos utilizados frequentemente por idosos e funcionários", explica este diretor à Renascença. "Para que as visitas nos quartos aconteçam, os familiares têm sempre de invadir espaços comuns e isso criaria problemas em termos de logística e risco de contaminação."

E lares onde já foram detetados casos de Covid-19 podem receber visitas? "Mediante situação epidemiológica específica (local ou da instituição), pode ser determinado, em articulação com a autoridade de saúde local, a suspensão de visitas à instituição por tempo limitado", diz a norma da DGS.

Em Portugal, 351 lares registaram casos de Covid-19, somando 450 mortes entre utentes, segundo dados confirmados no sábado pela DGS.

Portugal contabiliza 1.144 mortos associados à Covid-19 em 27.679 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais nove mortos (+0,8%) e mais 98 casos de infeção (+0,4%).

Das pessoas infetadas, 805 estão hospitalizadas, das quais 112 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados é de 2.549.

Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Esta nova fase de combate à Covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

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